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HIPISMO
Campeão mundial, Rodrigo Pessoa usa sua popularidade para fechar negócio e melhorar desempenho do país
Brasil busca seu 1º patrocínio por equipe
da Reportagem Local
A passagem do atual campeão
mundial de hipismo, Rodrigo Pessoa, 26, por São Paulo, nesta semana, tem proporções maiores do
que sua participação no concurso
de saltos Visa Indoor'98, que acontece entre hoje e domingo, na Sociedade Hípica Paulista.
Em sua primeira vinda ao Brasil
desde a conquista do título dos Jogos Equestres Mundiais, em outubro, na Itália, Rodrigo busca a negociação de um novo e grande patrocínio, mas não apenas para ele.
A idéia do cavaleiro e de seu pai,
Nelson Pessoa, 62, é fechar, pela
primeira vez na história do hipismo brasileiro, um contrato para a
formação de uma equipe de ponta.
"Em 37 anos de Europa, sempre
tive mais chances no individual,
nunca com a equipe", afirmou
Nelson Pessoa.
"Da Olimpíada (Atlanta-96) para cá, aparecemos como favoritos", completa o cavaleiro, que
ajudou o Brasil a garantir uma vaga para a Olimpíada de Sydney-2000, com o quinto lugar por equipes nos Jogos Mundiais, em Roma.
A equipe idealizada por Nelson e
Rodrigo Pessoa contaria com eles
mesmos e também com o paulista
Álvaro Affonso de Miranda Neto,
25. Os três ocupam, respectivamente, as 18ª, 5ª e 35ª colocações
do ranking mundial.
"Vemos agora uma grande esperança no hipismo brasileiro. Não é
possível continuarmos competindo só com patrocínio europeu",
disse Nelson, sobre a negociação
da nova parceria, com empresa e
valores ainda não revelados.
O momento é bastante oportuno
para um bom negócio, pelo fato de
o Brasil ter, pela primeira vez e no
mesmo ano, o campeão do Mundial e da Copa do Mundo.
Rodrigo Pessoa é considerado o
cavaleiro do ano. Na semana passada, somou a seus dois fortes patrocínios, com uma marca de carros alemã e uma empresa têxtil italiana, um contrato com um tradicional fabricante de relógios.
"Se fecharmos um patrocínio para a equipe, os cavalos levarão o
nome da empresa e usaremos suas
cores também", conta o ginete,
que manterá os outros contratos.
A cada evento promocional de
um dia, Rodrigo ganha cerca de
US$ 10 mil. Um bom cavaleiro,
sem grandes títulos, tem em média
contratos de US$ 100 mil a US$ 200
mil anuais. O brasileiro, com bronze olímpico -por equipe, em
Atlanta-96- e título mundial, pode receber muito mais.
No mesmo nível, estão os cavalos
que monta. Ao francês Baloubet,
por exemplo, com quem Rodrigo
defenderá o título da Copa do
Mundo, em abril, foram oferecidos
US$ 5 milhões. O proprietário do
cavalo, um empresário português,
rejeitou a venda.
(FERNANDA PAPA)
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