São Paulo, segunda-feira, 04 de janeiro de 2010

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Quarto sem banheiro custa R$ 205 por dia

DA REPORTAGEM LOCAL

A escassez de quartos na rede hoteleira fez a África do Sul apelar às suas universidades para garantir a hospedagem a todos os turistas durante a Copa de 2010.
A ideia era também fazer dos alojamentos onde geralmente vivem os universitários uma opção mais econômica em relação aos hotéis tradicionais durante a Copa.
Mas, pela lista de preços da empresa com os direitos sobre quase 10 mil quartos nas universidades sul-africanas na época do Mundial, a opção não tem nada de barato.
Em www.campus2010.co.za é possível fazer reservas de quartos nos campus de cinco grandes universidades nas três principais cidades do país -Johannesburgo, Durban e Cidade do Cabo. No site, os quartos individuais mais em conta apresentam diárias no valor de R$ 205. Quem passar 30 dias lá, portanto, terá de desembolsar mais de R$ 6.000.
E por esse preço ninguém pode esperar qualquer luxo.
A maioria esmagadora dos quartos das universidades não tem banheiro privativo -os coletivos só têm divisão para homens e mulheres.
Na Universidade de Johannesburgo, quem quiser um quarto com banheiro terá de pagar salgados R$ 453 por dia, ou quase R$ 14 mil no caso de um período de um mês de hospedagem.
Os mimos se resumem praticamente à máquina de refrigerantes e guloseimas e acesso à internet.
Existem outras alternativas para hospedagem em universidades fora das controladas por esse site.
A Universidade de Stellenbosch, na bela cidade produtora de vinho nos arredores da Cidade do Cabo, diz estar pronta para receber 3.000 torcedores nos alojamentos para seus estudantes.
A violência que faz da África do Sul um dos países mais perigosos do mundo -o índice de assassinatos é maior do que o do Brasil- também está presente nos campus das suas universidades. São comuns as ocorrências policiais nesses locais.
Mas, como no resto das áreas que vão abrigar turistas no Mundial de 2010, as autoridades sul-africanas prometem segurança.
A Fifa considera que o tema da hospedagem já foi um problema grave na organização do Mundial sul-africano. Mas, segundo a entidade que controla o futebol, esse não é um fator que causa preocupação atualmente. (PC)


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