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Derby da sobrevida é também choque dos "vira-casacas"
Em xeque no Paulista e com atletas e cartolas que tiveram ligação com o arqui-rival, Corinthians e Palmeiras duelam
Paixões dividem famílias nos dois clubes, que têm acompanhado trocas de lado desde a fundação do Palestra Itália, em 1914
Ricardo Nogueira/Folha Imagem
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Ex-Corinthians, o atacante Edmundo chuta a bola em treino do Palmeiras para o clássico de hoje |
LUÍS FERRARI
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Fora da zona de classificação
do Paulista, Corinthians e Palmeiras jogam hoje para continuar sonhando com o título, no
clássico que marcará também
um choque de "vira-casacas".
Do lado alvinegro, uma das
apostas do ex-goleiro Emerson
Leão, que fez história defendendo a meta alviverde, é o volante Magrão, autor de dois gols
pelo Corinthians durante a semana e que, quando defendia o
Palmeiras, jurou que nunca
vestiria a camisa do arqui-rival.
Pelos lados do Parque Antarctica, a dúvida da semana do
técnico Caio Júnior foi entre o
meia William, que passou pelas
categorias de base do clube alvinegro, e o atacante Edmundo,
outro que teve uma passagem
pelo Parque São Jorge.
Nos bastidores, os dois rivais
têm hoje figuras com vínculo
afetivo com o adversário.
Alguns vices corintianos, por
exemplo, quando desejam criticar o diretor de futebol Edvar
Simões ou o empresário Giuliano Bertolucci, que ganhou espaço no clube após a parceria
com a MSI, sempre fazem
questão de afirmar que ambos
são torcedores do Palmeiras.
Já o atacante Ugo Casagrande, 17, um dos destaques das categorias de base palmeirenses,
tem um pé no outro parque. O
jogador é filho do comentarista
Walter Casagrande Júnior, um
dos ícones da Democracia Corintiana nos anos 80.
Há ainda casos de famílias divididas entre os tradicionais rivais. Nesta semana, João Gimenez Lopes tomou posse como
conselheiro vitalício do Corinthians. Seu irmão, José, foi um
folclórico diretor de futebol do
Palmeiras nos anos 60 e 70,
quando chegou até a ser cogitado para presidir o clube.
Os Granieri vivem situação
similar. Luiz César foi vice de
marketing do Corinthians e hoje é conselheiro. Seus primos
Sérgio e Carlos ocupam cargos
na diretoria palmeirense.
Engana-se quem imagina
que essa ligação entre os rivais
mais tradicionais do futebol
paulista é fenômeno recente.
Vire a página e descubra que
desde 1914, ano de fundação do
Palmeiras, já havia uma situação de amor e ódio entre os rivais. E justamente na família do
homem que se consagrou como
o autor do primeiro gol da história do Corinthians.
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