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São Paulo para, e a torcida pede raça
Time faz jogo sofrível com o Oeste em Araraquara mesmo atuando boa parte do tempo com um a mais
Oeste 0
São Paulo 0
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo já havia feito vários jogos sofríveis na temporada, mas o empate sem gols de
ontem com o Oeste superou em
futebol ruim até as quatro derrotas do ano. O jogo terminou
com a torcida pedindo "raça",
uma prova do marasmo e da
morosidade do time, que continua no G4 apesar do tropeço.
Ainda com Milton Cruz como interino, o São Paulo começou em Araraquara (local escolhido pelo Oeste de Itápolis para mandar o jogo) com três zagueiros numa linha de quatro
homens na defesa e com quatro
volantes no meio em uma outra
linha de quatro. Dagoberto e
Washington ficaram no ataque,
e Fernandinho, o herói do domingo, ficou na reserva.
Sem inspiração, o time são-
-paulino custava a criar chances. Quando conseguia, esbarrava no goleiro Neneca, que
desde a época de Santo André
se transforma em obstáculo para o clube do Morumbi. Mas esbarrava também na dificuldade
de Washington de definir com
qualidade -ele desperdiçou ao
menos duas grandes chances.
Cléber Santana, porém, foi
quem perdeu a melhor oportunidade do primeiro tempo.
Após meia hora de jogo franco e igual, o Oeste ficou com dez
jogadores. Ricardinho fez falta
feia em Dagoberto e foi expulso. O São Paulo, que justificou
sua derrota para o Palmeiras
por causa de uma expulsão, tinha uma hora para derrotar o
frágil Oeste com um a menos.
Richarlyson, com cartão
amarelo, foi substituído por
Fernandinho, mas o jovem atacante, que fez quatro gols em 45
minutos na estreia, passou 60
sem fazer quase nada ontem.
No segundo tempo, Jean, que
tinha amarelo, saiu para a entrada de Léo Lima. Se foi estratégia para não ter expulsos,
Cléber Santana pôs tudo a perder. Aos 23min, fez falta desnecessária e levou o vermelho.
O ritmo do jogo caiu, e ficou a
impressão de que o 0 a 0 agradava ao time são-paulino, que
só passou a jogar bolas para a
área, como na época de Muricy.
Deu tempo de Wellington
(que entrou na vaga de Dagoberto, um dos poucos velozes
do time) ser expulso ao cortar
com a mão chance de gol.
"Quando a bola teima em não
entrar, é complicado", disse
Washington. Foi complicado.
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