São Paulo, quinta-feira, 04 de março de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

São Paulo para, e a torcida pede raça

Time faz jogo sofrível com o Oeste em Araraquara mesmo atuando boa parte do tempo com um a mais

Oeste 0
São Paulo 0


DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo já havia feito vários jogos sofríveis na temporada, mas o empate sem gols de ontem com o Oeste superou em futebol ruim até as quatro derrotas do ano. O jogo terminou com a torcida pedindo "raça", uma prova do marasmo e da morosidade do time, que continua no G4 apesar do tropeço.
Ainda com Milton Cruz como interino, o São Paulo começou em Araraquara (local escolhido pelo Oeste de Itápolis para mandar o jogo) com três zagueiros numa linha de quatro homens na defesa e com quatro volantes no meio em uma outra linha de quatro. Dagoberto e Washington ficaram no ataque, e Fernandinho, o herói do domingo, ficou na reserva.
Sem inspiração, o time são- -paulino custava a criar chances. Quando conseguia, esbarrava no goleiro Neneca, que desde a época de Santo André se transforma em obstáculo para o clube do Morumbi. Mas esbarrava também na dificuldade de Washington de definir com qualidade -ele desperdiçou ao menos duas grandes chances.
Cléber Santana, porém, foi quem perdeu a melhor oportunidade do primeiro tempo.
Após meia hora de jogo franco e igual, o Oeste ficou com dez jogadores. Ricardinho fez falta feia em Dagoberto e foi expulso. O São Paulo, que justificou sua derrota para o Palmeiras por causa de uma expulsão, tinha uma hora para derrotar o frágil Oeste com um a menos.
Richarlyson, com cartão amarelo, foi substituído por Fernandinho, mas o jovem atacante, que fez quatro gols em 45 minutos na estreia, passou 60 sem fazer quase nada ontem.
No segundo tempo, Jean, que tinha amarelo, saiu para a entrada de Léo Lima. Se foi estratégia para não ter expulsos, Cléber Santana pôs tudo a perder. Aos 23min, fez falta desnecessária e levou o vermelho.
O ritmo do jogo caiu, e ficou a impressão de que o 0 a 0 agradava ao time são-paulino, que só passou a jogar bolas para a área, como na época de Muricy.
Deu tempo de Wellington (que entrou na vaga de Dagoberto, um dos poucos velozes do time) ser expulso ao cortar com a mão chance de gol. "Quando a bola teima em não entrar, é complicado", disse Washington. Foi complicado.


Texto Anterior: Ronaldo: Atleta faz 1 ano de clube com média de 0,57 gol por partida
Próximo Texto: Paraíba tenta vetar palavrões em estádios
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.