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FUTEBOL
Rivais hoje em Araras mostram mesmos defeitos e virtudes no Estadual
Palmeiras e Paulista fazem duelo de clones pela final
PAULO GALDIERI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
"Nosso time é bem parecido
com o deles. A diferença é que somos mais famosos por sermos de
time grande. Aparecemos mais na
TV." A frase, dita pelo goleiro
Marcos, define o que pensam os
palmeirenses a respeito do adversário, o Paulista, na partida que
será conhecido o segundo finalista do Campeonato Paulista.
E, de certa forma, a afirmação
do goleiro, certamente o jogador
de maior expressão que estará em
campo hoje no estádio Hermínio
Ometto, em Araras (a 169 km da
capital do Estado), às 16h, define o
que esperar do jogo.
Palmeiras e Paulista são equipes
que têm jeito de jogar, defeitos e
virtudes muito parecidos.
No que diz respeito à forma de
atuar, ambos os times, que têm no
conjunto e no entrosamento seus
pontos fortes, usam o contragolpe
como principal arma. As duas
equipes também marcaram sua
participação nesta edição do Estadual pela alta produtividade de
seus ataques.
O time comandado pelo novato
Zetti marcou 29 gols em 12 jogos,
enquanto o rival, dirigido pelo experiente Jair Picerni, foi 28 vezes
às redes com o mesmo número de
compromissos -dois dos melhores ataques do campeonato.
A maneira escolhida para fazer
esses gols é muito parecida.
O time do interior marcou cinco
da pequena área, 18 da grande
área e seis de arremates de fora.
Dos tentos palmeirenses, cinco
foram da pequena área, 19 da
grande e quatro de chutes tentados de longa distância.
Além disso, os números do Datafolha apontam para a igualdade
de virtudes entre os adversários.
Palmeiras e Paulista têm índice
de acerto de passes muito próximos (84,2% e 82%, respectivamente) e acima da média da competição, que é de 81,1%.
O "fair play", marca registrada
do Palmeiras neste Paulista, com
média de 23,2 faltas por jogo,
também é compartilhado com o
clube de Jundiaí -23,3 infrações.
Outros fundamentos mostram
o equilíbrio entre os times: aproveitamento de finalizações (41% e
40,7% por confronto), dribles
(16,1 e 15,3), assistências (3,1 e
2,6), bolas perdidas (38,4 e 36,9) e
lançamentos (7,6 e 9,3) -neste
último, os dois times são os que
mais usam o recurso no Estadual.
Com relação às falhas, Palmeiras e Paulista voltam a se igualar.
O principal problema das equipes
na hora de se defender é a bola aérea. O time de Zetti levou cinco
gols de cabeça, enquanto a equipe
de Picerni sofreu quatro dessa
mesma maneira.
Até a forma de encarar a disputa
do Paulista-2004 denota uma semelhança entre os times. Desde
antes do início do Estadual, o Palmeiras tem dito que a conquista
de um título -que não obtém
desde 1996- é prioridade no Parque Antarctica.
No Paulista, equipe que jamais
chegou a uma final na elite do futebol, a chance de consagração
para todo o elenco e também para
a comissão técnica. "Este é o jogo
da nossa vida. Podemos entrar
para a história por colocar o Paulista pela primeira vez numa final.
Vai ser a valorização para muitos
jogadores", analisa Zetti, que repetirá a mesma escalação que começou o primeiro jogo da semifinal contra o Palmeiras.
NA TV - Paulista x Palmeiras,
ao vivo, Globo (apenas para
SP), Record e Sportv, às 16h
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