São Paulo, domingo, 04 de abril de 2004

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FUTEBOL

Rivais hoje em Araras mostram mesmos defeitos e virtudes no Estadual

Palmeiras e Paulista fazem duelo de clones pela final

PAULO GALDIERI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

"Nosso time é bem parecido com o deles. A diferença é que somos mais famosos por sermos de time grande. Aparecemos mais na TV." A frase, dita pelo goleiro Marcos, define o que pensam os palmeirenses a respeito do adversário, o Paulista, na partida que será conhecido o segundo finalista do Campeonato Paulista.
E, de certa forma, a afirmação do goleiro, certamente o jogador de maior expressão que estará em campo hoje no estádio Hermínio Ometto, em Araras (a 169 km da capital do Estado), às 16h, define o que esperar do jogo.
Palmeiras e Paulista são equipes que têm jeito de jogar, defeitos e virtudes muito parecidos.
No que diz respeito à forma de atuar, ambos os times, que têm no conjunto e no entrosamento seus pontos fortes, usam o contragolpe como principal arma. As duas equipes também marcaram sua participação nesta edição do Estadual pela alta produtividade de seus ataques.
O time comandado pelo novato Zetti marcou 29 gols em 12 jogos, enquanto o rival, dirigido pelo experiente Jair Picerni, foi 28 vezes às redes com o mesmo número de compromissos -dois dos melhores ataques do campeonato.
A maneira escolhida para fazer esses gols é muito parecida.
O time do interior marcou cinco da pequena área, 18 da grande área e seis de arremates de fora.
Dos tentos palmeirenses, cinco foram da pequena área, 19 da grande e quatro de chutes tentados de longa distância.
Além disso, os números do Datafolha apontam para a igualdade de virtudes entre os adversários.
Palmeiras e Paulista têm índice de acerto de passes muito próximos (84,2% e 82%, respectivamente) e acima da média da competição, que é de 81,1%.
O "fair play", marca registrada do Palmeiras neste Paulista, com média de 23,2 faltas por jogo, também é compartilhado com o clube de Jundiaí -23,3 infrações.
Outros fundamentos mostram o equilíbrio entre os times: aproveitamento de finalizações (41% e 40,7% por confronto), dribles (16,1 e 15,3), assistências (3,1 e 2,6), bolas perdidas (38,4 e 36,9) e lançamentos (7,6 e 9,3) -neste último, os dois times são os que mais usam o recurso no Estadual.
Com relação às falhas, Palmeiras e Paulista voltam a se igualar. O principal problema das equipes na hora de se defender é a bola aérea. O time de Zetti levou cinco gols de cabeça, enquanto a equipe de Picerni sofreu quatro dessa mesma maneira.
Até a forma de encarar a disputa do Paulista-2004 denota uma semelhança entre os times. Desde antes do início do Estadual, o Palmeiras tem dito que a conquista de um título -que não obtém desde 1996- é prioridade no Parque Antarctica.
No Paulista, equipe que jamais chegou a uma final na elite do futebol, a chance de consagração para todo o elenco e também para a comissão técnica. "Este é o jogo da nossa vida. Podemos entrar para a história por colocar o Paulista pela primeira vez numa final. Vai ser a valorização para muitos jogadores", analisa Zetti, que repetirá a mesma escalação que começou o primeiro jogo da semifinal contra o Palmeiras.


NA TV - Paulista x Palmeiras, ao vivo, Globo (apenas para SP), Record e Sportv, às 16h


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