DA REPORTAGEM LOCAL

Para o Ministério do Esporte, o pagamento da anuidade da Wada não representa interferência de uma entidade privada em um órgão público.
O Comitê Olímpico Brasileiro adota discurso semelhante. Para a entidade, a troca de favores não trará problema.
"Eles irão pagar o mesmo valor que gastamos", afirmou Carlos Arthur Nuzman, presidente do comitê, que encontrou Agnelo Queiroz, ministro do Esporte, anteontem, na etapa brasileira da Copa do Mundo de ginástica artística, no Rio.
O problema é que a forma de ressarcir o COB ainda não está clara no ministério. A assessoria da pasta informou, inicialmente, que haverá ajuda para cobrir os custos da estadia da delegação do país em Atenas.
Outra possibilidade estudada seria o auxílio nas despesas de algumas modalidades em pré-olímpicos ou em competições preparatórias para os Jogos.
Na avaliação de alguns setores do ministério, porém, não é necessário pagar despesas em Atenas. Esses gastos deveriam ser financiados pela Lei Piva, que destina parte da arrecadação das loterias ao comitê. No ano passado, o COB arrecadou, através das loterias, cerca de R$ 47,4 milhões. (ALF)