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Elite agora cai até nos Estaduais
Portuguesa, Guarani ou ambos
levarão o Clube dos 13 pela 1ª vez
à Série B de um campeonato local
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
No próximo domingo, Portuguesa e Guarani lutam diretamente para não cair no Paulista e
fugir de uma pecha: quem não escapar será o primeiro membro do
C13 a disputar a segunda divisão
em seu Estado. E ainda podem
cair juntos num vexame duplo.
Autodenominada União dos
Grandes Clubes Brasileiros em
seu site, a entidade criada em 1987
jamais viu seus membros disputar uma segundona estadual.
Com os resultados do Paulista
desse ano, há grande risco de essa
tradição mudar. A Portuguesa
terminou a rodada fora da zona
de rebaixamento, mas tem o mais
sério risco da jornada final.
O timee do Canindé vai à Vila
Belmiro pega um Santos que, se
vencer, garantirá o título, quebrando seca de duas décadas.
O Guarani tem vida um pouco
mais fácil. Encara em seus domínios um Mogi Mirim rebaixado.
Tem 18 pontos como a Portuguesa, mas uma vitória a menos.
No encalço dos dois membros
do C13, estão Portuguesa Santista
e Marília, ambos com 17 pontos.
Em 2001, o Guarani terminou o
Paulista na penúltima colocação.
No ano seguinte, porém, uma virada de mesa, que valorizou o
Rio-São Paulo e tirou os grandes
dos Estaduais, favoreceu o time
de Campinas. Que voltou à elite
em 2003 sem teoricamente "arranhar" sua imagem de grande.
Em 1990, o São Paulo disputou a
Série B do Paulista, mas, pelo regulamento da FPF, essa série também integrava a primeira divisão.
O ano de 2006 têm sido ruim para os 20 membros da sociedade
que teve 13 fundadores. O Atlético-MG viu o Ipatinga fazer a final
com o campeão Cruzeiro.
Flamengo, Fluminense e Vasco
já se preparam para o Brasileiro,
sem nem ir às semifinais do segundo turno do Rio. Agora, assistem à final Botafogo x Madureira.
No Paranaense, outro vexame
dos autodenominados grandes:
Atlético-PR e Coritiba vêem Paraná e Adap, ambos fora do C13, fazer a final estadual.
Bahia e Vitória, que agora penam na terceira divisão nacional,
viram o Colo Colo ganhar o primeiro turno do Baiano dentro do
Barradão -onde o Vitória precisava apenas de um empate.
O segundo turno começou ontem, com um empate entre Bahia
e Camaçari, por 0 a 0, sinal de que
as coisas devem continuar mal.
A Folha tentou contato telefônico com o presidente do C13, Fábio
Koff, e com um de seus vices, Eurico Miranda, sem sucesso.
De bom augúrio mesmo para a
entidade, apenas a volta da hegemonia Gre-Nal, que decide o
Gaúcho, a presença do Goiás no
último jogo do Goiano e a classificação do Sport, que fará a final
pernambucana contra o Santa
Cruz, que não faz parte do C13.
Na atual situação, o ano da entidade nos Estaduais ainda não é o
pior; 2004 foi o que marcou a
maior catástrofe das potências.
Onze delas foram superadas por
equipes de menor expressão, sendo o exemplo mais emblemático
o Estadual de SP, que teve São
Caetano campeão e Paulista vice.
Neste ano, contando torneios
encerrados e a situação atual dos
que estão em andamento, são nove clubes grandes superados por
barrados no "clube dos ricos".
A marca negativa tem chances
de ser superada neste ano, já que
só um grande baiano pode ir à final. Potências ainda decidem finais no Rio Goiás e Pernambuco.
O C13 tem dois sócios na Série C
do Nacional (Vitória e Bahia) e
cinco na Série B (Atlético-MG e
Coritiba, recém-caídos, Sport,
Portuguesa e Guarani). Também
já viu durante sua existência as
quedas para a Série B de Palmeiras, Botafogo, Grêmio (recém-promovido à elite) e Fluminense,
que também conheceu a Série C.
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