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AÇÃO
Um é do Brasil
País tem três representantes na disputa pelos prêmios de ondas grandes e é favorito no feminino, com Maya Gabeira
CARLOS SARLI
COLUNISTA DA FOLHA
OS EXECUTIVOS que ouvem o
sereno e discreto Carlos Burle nas palestras que tem feito
em empresas como a Vale e a Volkswagen demoram a acreditar que o
palestrante é a mesma pessoa que
aparece nas imagens projetadas surfando ondas colossais.
Burle é um dos brasileiros que figuram entre os finalistas do Billabong XXL Global Big Wave Awards,
o principal concurso de ondas grandes do mundo e que distribui US$
130 mil e um jet-ski em prêmios em
seis categorias. Ele, que já venceu o
XXL em 2003, faturando US$ 68
mil, quando o prêmio principal era
para a maior onda e cada pé medido
valia US$ 1.000, disputa neste ano
em duas categorias: Ride of the Year,
a mais prestigiada, e Monster Tube.
Além dele, o Brasil tem outros
dois fortes representantes, Rodrigo
Resende, na Monster Paddle, a
maior onda dominada na remada, e
Maya Gabeira, na Girls Best Performance. Dos 26 finalistas, escolhidos
entre mais de 500 imagens inscritas,
9 são estrangeiros. E, tirando os
americanos, que promovem e patrocinam o evento, o Brasil é o país com
mais representantes.
As inscrições acabaram no dia 20,
dia em que um sweel gigante encostou no Caribe e gerou ondas incríveis em Porto Rico. A globalização
chegou ao surfe de ondas grandes.
Foi-se o tempo em que os big riders
tinham só os três meses do inverno
havaiano para superar desafios.
Ondas na Europa, na Tasmânia e
no Taiti estão entre as finalistas.
Mas a principal arena do esporte,
Jaws, Havaí, não entra na disputa,
pois os locais não querem seu point
invadido por caçadores de prêmio.
A onda que fez Burle figurar entre
os finalistas foi capa da revista "Surfer", mas ele vai à festa de premiação, na sexta, na Califórnia, sem
muita pretensão. Avalia que seu
maior rival é o havaiano Shane Dorian, que não surfou a maior onda,
mas foi o mais habilidoso, e lembra
do controverso resultado que tirou o
prêmio de maior tubo do seu parceiro Eraldo Gueiros em 2005 para não
criar falsa expectativa. Mas diz que,
se Maya não levar no feminino, o
prestígio do concurso ficará riscado.
ESCALADA NO EVEREST
Rodrigo Raineri e Edu Keppke conseguiram, ao custo de US$ 13 mil
cada um, a permissão definitiva do
ministro do Turismo do Nepal para
escalar pela face sul.
X-GAMES BRASIL
O evento começará no dia 25, no
Sambódromo de São Paulo, e
irá distribuir R$ 400 mil em prêmios nas modalidades Moto X,
BMX e Skate.
CORRIDA DE AVENTURA
Começará no dia 7 a Brasil Wild
Extreme -a Corrida das Fronteiras. Com 232 atletas, 58 equipes, a
prova cruzará quatro Estados do
Nordeste num roteiro de 626 km.
sarli@trip.com.br
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