São Paulo, sexta-feira, 04 de abril de 2008

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AÇÃO

Um é do Brasil

País tem três representantes na disputa pelos prêmios de ondas grandes e é favorito no feminino, com Maya Gabeira

CARLOS SARLI
COLUNISTA DA FOLHA

OS EXECUTIVOS que ouvem o sereno e discreto Carlos Burle nas palestras que tem feito em empresas como a Vale e a Volkswagen demoram a acreditar que o palestrante é a mesma pessoa que aparece nas imagens projetadas surfando ondas colossais.
Burle é um dos brasileiros que figuram entre os finalistas do Billabong XXL Global Big Wave Awards, o principal concurso de ondas grandes do mundo e que distribui US$ 130 mil e um jet-ski em prêmios em seis categorias. Ele, que já venceu o XXL em 2003, faturando US$ 68 mil, quando o prêmio principal era para a maior onda e cada pé medido valia US$ 1.000, disputa neste ano em duas categorias: Ride of the Year, a mais prestigiada, e Monster Tube.
Além dele, o Brasil tem outros dois fortes representantes, Rodrigo Resende, na Monster Paddle, a maior onda dominada na remada, e Maya Gabeira, na Girls Best Performance. Dos 26 finalistas, escolhidos entre mais de 500 imagens inscritas, 9 são estrangeiros. E, tirando os americanos, que promovem e patrocinam o evento, o Brasil é o país com mais representantes.
As inscrições acabaram no dia 20, dia em que um sweel gigante encostou no Caribe e gerou ondas incríveis em Porto Rico. A globalização chegou ao surfe de ondas grandes. Foi-se o tempo em que os big riders tinham só os três meses do inverno havaiano para superar desafios.
Ondas na Europa, na Tasmânia e no Taiti estão entre as finalistas.
Mas a principal arena do esporte, Jaws, Havaí, não entra na disputa, pois os locais não querem seu point invadido por caçadores de prêmio.
A onda que fez Burle figurar entre os finalistas foi capa da revista "Surfer", mas ele vai à festa de premiação, na sexta, na Califórnia, sem muita pretensão. Avalia que seu maior rival é o havaiano Shane Dorian, que não surfou a maior onda, mas foi o mais habilidoso, e lembra do controverso resultado que tirou o prêmio de maior tubo do seu parceiro Eraldo Gueiros em 2005 para não criar falsa expectativa. Mas diz que, se Maya não levar no feminino, o prestígio do concurso ficará riscado.

ESCALADA NO EVEREST
Rodrigo Raineri e Edu Keppke conseguiram, ao custo de US$ 13 mil cada um, a permissão definitiva do ministro do Turismo do Nepal para escalar pela face sul.

X-GAMES BRASIL
O evento começará no dia 25, no Sambódromo de São Paulo, e irá distribuir R$ 400 mil em prêmios nas modalidades Moto X, BMX e Skate.

CORRIDA DE AVENTURA
Começará no dia 7 a Brasil Wild Extreme -a Corrida das Fronteiras. Com 232 atletas, 58 equipes, a prova cruzará quatro Estados do Nordeste num roteiro de 626 km.


sarli@trip.com.br

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