São Paulo, segunda-feira, 04 de maio de 2009

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Defesa corintiana segura Santos e ainda faz gol

Mesmo sem o suspenso Chicão, setor para ataque santista e ainda faz, com André Santos, gol do empate no Pacaembu

Corinthians 1
Santos 1


Sebastião Moreira/Efe
André Santos é abraçado por seus companheiros após marcar o gol de empate do Corinthians

DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians tinha Ronaldo na frente. Mas ontem, no estádio do Pacaembu, quem garantiu o 26º título paulista, com méritos, diante do Santos foi a defesa corintiana.
A melhor retaguarda do campeonato fez valer mais uma vez a sua eficiência. Com apenas 15 gols sofridos em 19 jogos na fase de classificação, a zaga capitaneada pelo zagueiro William suportou a pressão imposta no primeiro tempo pelo Santos.
Na fase decisiva, foi a defesa corintiana que deu estabilidade para o setor ofensivo brilhar.
Nas semifinais, contra o São Paulo, o time tomou um único gol -do zagueiro Miranda. Nas duas partidas da decisão, Felipe terminou os 180 minutos com duas bolas na rede.
Ontem, Mano Menezes perdeu o zagueiro-artilheiro Chicão (oito gols), suspenso. Mas Diego, seu substituto, foi quem mais desarmar fez durante o jogo -23 intervenções, segundo o Datafolha. O zagueiro William e o lateral André Santos vieram na sequência com 16 desarmes para o time corintiano.
O rival, que necessitava de uma vantagem de três gols para vencer o Estadual, abriu a partida pressionando. E até os 20min, o goleiro Felipe fez pelo menos três belas defesas.
O gol santista acabou saindo em uma bola rápida em que Kléber Pereira sofreu pênalti do camisa um corintiano. E ele mesmo converteu. Mas, no restante da partida, coube ao capitão William controlar o faro de gol do camisa nove da baixada.
Mas, se a defesa é um setor que tem como prioridade a marcação, coube também a um defensor empatar e praticamente definir o título.
Em uma jogada de velocidade dentro da área, André Santos entrou com um chute forte para cravar 1 a 1 no placar ainda no primeiro tempo.
Aí foi o momento da torcida fazer o seu papel. Com o empate restabelecido, a partida mudou. E o Corinthians, enfim, se sentiu em casa.
Um lance inusitado -a bola, murcha, teve de ser trocada duas vezes- fez o juiz Sálvio Spínola interromper o jogo no final da primeira etapa. E a devolução da bola no reinício da partida acabou gerando uma ligeira discussão entre os atletas na ida para o intervalo.
Se a tarefa santista de fazer três gols já era difícil em um intervalo de 90 minutos, a dificuldade aumentou com a obrigação de fazer os três tentos apenas no segundo tempo.
Com Neymar apagado, e com a atuação apática de Paulo Henrique, Vagner Mancini colocou Maikon Leite e Molina no time. Mas foi o Corinthians quem mandou na etapa final controlando o ritmo da partida.
Na falta das grandes jogadas na frente, a vibração da torcida vinha até nas defesas do goleiro Felipe. A partir dos 30min, os gritos de "é campeão" já explodiam na arquibancada.
O Santos viveu de lances esporádicos para tentar buscar o segundo gol. Porém, desarrumado, o time aguardou o fim do jogo. E a festa do Corinthians. (CAROLINA ARAÚJO, PAULO GALDIERI E TONI ASSIS)


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