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Defesa corintiana segura Santos e ainda faz gol
Mesmo sem o suspenso Chicão, setor para ataque santista e ainda faz, com André Santos, gol do empate no Pacaembu
Corinthians 1
Santos 1
Sebastião Moreira/Efe
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André Santos é abraçado por seus companheiros após marcar o gol de empate do Corinthians
DA REPORTAGEM LOCAL
O Corinthians tinha Ronaldo
na frente. Mas ontem, no estádio do Pacaembu, quem garantiu o 26º título paulista, com
méritos, diante do Santos foi a
defesa corintiana.
A melhor retaguarda do campeonato fez valer mais uma vez
a sua eficiência. Com apenas 15
gols sofridos em 19 jogos na fase de classificação, a zaga capitaneada pelo zagueiro William
suportou a pressão imposta no
primeiro tempo pelo Santos.
Na fase decisiva, foi a defesa
corintiana que deu estabilidade
para o setor ofensivo brilhar.
Nas semifinais, contra o São
Paulo, o time tomou um único
gol -do zagueiro Miranda. Nas
duas partidas da decisão, Felipe
terminou os 180 minutos com
duas bolas na rede.
Ontem, Mano Menezes perdeu o zagueiro-artilheiro Chicão (oito gols), suspenso. Mas
Diego, seu substituto, foi quem
mais desarmar fez durante o jogo -23 intervenções, segundo
o Datafolha. O zagueiro William e o lateral André Santos
vieram na sequência com 16 desarmes para o time corintiano.
O rival, que necessitava de
uma vantagem de três gols para
vencer o Estadual, abriu a partida pressionando. E até os
20min, o goleiro Felipe fez pelo
menos três belas defesas.
O gol santista acabou saindo
em uma bola rápida em que
Kléber Pereira sofreu pênalti
do camisa um corintiano. E ele
mesmo converteu. Mas, no restante da partida, coube ao capitão William controlar o faro de
gol do camisa nove da baixada.
Mas, se a defesa é um setor
que tem como prioridade a
marcação, coube também a um
defensor empatar e praticamente definir o título.
Em uma jogada de velocidade dentro da área, André Santos entrou com um chute forte
para cravar 1 a 1 no placar ainda
no primeiro tempo.
Aí foi o momento da torcida
fazer o seu papel. Com o empate restabelecido, a partida mudou. E o Corinthians, enfim, se
sentiu em casa.
Um lance inusitado -a bola,
murcha, teve de ser trocada
duas vezes- fez o juiz Sálvio
Spínola interromper o jogo no
final da primeira etapa. E a devolução da bola no reinício da
partida acabou gerando uma ligeira discussão entre os atletas
na ida para o intervalo.
Se a tarefa santista de fazer
três gols já era difícil em um intervalo de 90 minutos, a dificuldade aumentou com a obrigação de fazer os três tentos apenas no segundo tempo.
Com Neymar apagado, e com
a atuação apática de Paulo
Henrique, Vagner Mancini colocou Maikon Leite e Molina
no time. Mas foi o Corinthians
quem mandou na etapa final
controlando o ritmo da partida.
Na falta das grandes jogadas
na frente, a vibração da torcida
vinha até nas defesas do goleiro
Felipe. A partir dos 30min, os
gritos de "é campeão" já explodiam na arquibancada.
O Santos viveu de lances esporádicos para tentar buscar o
segundo gol. Porém, desarrumado, o time aguardou o fim do
jogo. E a festa do Corinthians.
(CAROLINA ARAÚJO, PAULO GALDIERI E TONI ASSIS)
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