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Em crise, basquete pode mudar de mãos após 12 anos
Carlos Nunes disputa a presidência com Gerasime Bozikis, cuja longa gestão foi marcada pelo declínio da modalidade
Oposição tem sua base de apoio no Centro-Oeste e no Sul, além de ter suporte de São Paulo, ex-aliado do mandante da entidade
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
O Jóquei Clube do Rio recebe
hoje a que promete ser a mais
acirrada eleição na Confederação Brasileira de Basquete desde que o atual presidente, Gerasime Bozikis, o Grego, assumiu
o cargo, em 1997.
Grego, que tenta o quarto
mandato, tem como rival um
ex-aliado, Carlos Nunes, presidente da federação gaúcha.
A disputa de poder acontece
em momento complicado para
a modalidade. A seleção masculina não se classificou para
Olimpíadas na gestão Grego.
A equipe feminina, vice em
Atlanta-96, o último antes de o
dirigente ascender ao poder, ficou em penúltimo em Pequim-08, ficando à frente só do Mali.
Os maus resultados fizeram o
Comitê Olímpico Brasileiro diminuir a verba destinada ao
basquete por meio da Lei Piva,
que repassa parte da arrecadação das loterias. Em 2008, a
modalidade recebeu R$ 2,3 milhões. Neste ano, R$ 1,7 milhão.
Percebendo o bom momento
para lançar sua candidatura,
Nunes, até o início do ano assessor especial da presidência
da CBB, rompeu com Grego e
costurou apoios principalmente no Sul e no Centro-Oeste.
Nos últimos dias, também
conquistou o respaldo do presidente da federação paulista,
Toni Chakmati, outro ex-membro da diretoria da CBB e ex-candidato à presidência -desistiu do pleito no mês passado.
"Hoje temos 15 votos. Para
evitar percalços, quero fechar
em 17", diz Nunes, que se aliou
à Brunoro Sports, empresa de
marketing que atuou na CBB
com Grego. O número, segundo
membros da oposição, já foi alcançado -26 votam.
O grupo que comanda a CBB
rachou há pelo menos dois
anos, quando Chakmati, então
diretor da relações internacionais, deixou o cargo por desavenças com o presidente.
Apesar das defecções, o atual
mandatário acredita que arregimentou votos suficientes. Ele
centrou campanha nos últimos
dias no Nordeste e no Norte.
Seu principal trunfo é a renovação do patrocínio da Eletrobrás até 2012, por R$ 11 milhões
em 2009 e verba equivalente
nos próximos anos. Membros
da oposição teme que a CBB
use a verba para angariar votos.
Procurado pela reportagem,
Grego afirmou, por meio de sua
assessoria de imprensa, que só
falaria após o pleito.
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