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TÊNIS
Tenista brasileiro precisa de excepcional desempenho
no segundo semestre para evitar recorde negativo em 2002
No ano da contusão, Guga pode ter pior posição na Corrida
DA REPORTAGEM LOCAL
Gustavo Kuerten tem chances
remotas de manter, em 2002, seu
retrospecto dos últimos três anos:
terminar a temporada entre os
cinco primeiros do mundo.
O tenista brasileiro, de 25 anos,
ocupa atualmente a 70ª colocação
na Corrida dos Campeões, que
computa apenas os pontos disputados no ano e aponta o melhor
tenista da temporada. Nas duas
edições anteriores da lista, em
2000 e 2001, Guga foi respectivamente campeão e vice.
Nos anos anteriores, desde que
despontou no circuito profissional, quando o ranking ainda não
tinha esse nome, Kuerten foi o 14º
em 1997 (ano de seu primeiro título de Roland Garros), 23º em
1998, e quinto em 1999.
Desde que foi criada, o primeiro
lugar na Corrida só foi definido na
disputa do Masters, último torneio do ano, que reúne apenas os
oito tenistas mais bem colocados.
Quando sagrou-se o melhor do
mundo, em 2000, Guga ultrapassou o russo Marat Safin na Corrida somente após conquistar o título do Masters de Lisboa. Chegou ao fim do ano com 839 pontos contra 824 do rival.
Na última temporada, a situação se repetiu. Mas, desta vez, foi
Kuerten quem sofreu a queda do
primeiro posto. Foi ultrapassado
por Lleyton Hewitt, segundo colocado até sagrar-se campeão do
Masters. O australiano somou 873
pontos, contra 771 do brasileiro.
Após a eliminação nas oitavas-de-final em Roland Garros, anteontem, e a desistência de Wimbledon, Guga tem apenas duas
chances de assegurar sua vaga na
última competição do ano. Ou
apresenta um desempenho excepcional nos torneios do segundo semestre e conta com maus resultados de seus rivais diretos, ou
conquista o troféu do Aberto dos
EUA, último Grand Slam do ano.
Para o Masters classificam-se
oito tenistas, sendo os vencedores
dos quatro Grand Slams -Aberto da Austrália, Roland Garros,
Wimbledon e Aberto dos EUA-
mais os primeiros colocados na
Corrida dos Campeões.
O retrospecto de Guga no piso
duro dos EUA não é bom. Seu
melhor desempenho foi a classificação às quartas-de-final em 2001.
Se não vencer o Aberto norte-americano, Kuerten precisa ter
um desempenho muito bom no
segundo semestre, época em que
costuma ter queda de rendimento, principalmente pela escassez
de competições disputadas no
saibro, seu piso preferido.
No ano passado, quando foi vice da Corrida, quatro das suas sete
conquistas foram obtidas na primeira metade do ano. Já em 2000,
houve uma divisão de dois títulos
em cada semestre.
Neste ano, Kuerten ainda não
venceu. Seu principal obstáculo
foi a cirurgia a que foi submetido
no quadril direito, em 26 de fevereiro, que o deixou parado por
cerca de dois meses.
Nos quatro torneios que disputou desde a volta às quadras, todos no saibro, seu melhor desempenho foi a classificação às quartas-de-final em Hamburgo (ALE).
No ranking de entradas, após
sua queda em Roland Garros, Guga deixará o top 10 pela primeira
vez desde 10 de maio de 1999.
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