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VÔLEI
Time inicia hoje, na Suíça, seu primeiro teste após a volta de Virna e Raquel
Com rebeladas, Brasil tenta provar que ainda é da elite
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Selada a paz, a seleção feminina
inicia uma nova luta. Com duas
das rebeladas de volta e um elenco
que não pode mais se apoiar no título de novato, o técnico Marco
Aurélio Motta tenta provar a partir de hoje que pode manter o Brasil na elite do vôlei mundial.
Virna, Raquel e cia. estréiam
contra a campeã mundial Itália, às
16h, na Volley Masters, na Suíça,
seu primeiro torneio no ano em
que buscam a vaga olímpica.
Sem problemas de contusão e
com um grupo rodado após o
Mundial da Alemanha e a Superliga, o Brasil inicia a temporada de
maneira bem diferente de 2002.
Além de contar com a volta de
duas rebeladas, a maioria das
apostas do treinador teve bom desempenho na Superliga.
As pontas Paula Pequeno e Virna terminaram entre as três mais
eficientes atacantes. Fabi levou os
prêmios de melhor líbero e recepção. A oposto Raquel faturou o
troféu de melhor saque.
Motta também contou com o
surgimento de novas jogadoras.
Para ficar com Fabiana, revelação
da Superliga, travou uma queda-de-braço com Wadson Lima e tirou a meio-de-rede de 18 anos e 1,93 m da seleção juvenil.
"O time tem um padrão melhor
do que o do ano passado. O poder
de ataque cresceu. No treino, isso
é evidente e deve se confirmar no
jogo", disse Motta, que já está jogando com uma nova escalação.
Nas três vitórias em amistosos
contra a Holanda, na semana passada, foram titulares Marcelle,
Raquel, Paula Pequeno, Virna,
Fabiana, Valeskinha e a líbero Fabi. Apenas três delas estavam na
base sétima colocada no Mundial.
Há um ano, após a disputa de
Montreaux, o cenário era radicalmente diferente. O torneio foi palco dos conflitos entre o técnico
brasileiro e algumas jogadoras.
Após o quinto lugar, pior posição do Brasil até então, houve a
debandada de quatro titulares
-Raquel, Walewska, Fofão e Érika. Virna deixou o time em seguida, alegando problemas pessoais.
Para piorar a situação, antes do
Mundial Motta perdeu Katchu e
Jaqueline, principal aposta da renovação do treinador, lesionadas.
Como resultado da renovação
forçada que fez no time, ficou em
quinto lugar no Grand Prix e
amargou o fiasco na Alemanha.
"O pior já passou. Hoje temos
um grupo muito mais jovem,
muito mais alto. Estamos montando uma base que em breve vai
ser vitoriosa", afirmou Motta.
De volta à seleção após um ano,
Virna está tendo de se adaptar a
uma nova realidade, jogar com
atletas novatas na equipe -além
dela, apenas Karin e Raquel estiveram nos Jogos de Sydney-2000.
"É engraçado, sinto-me uma
mãezona. Elas são novas, alegres e
divertidas. É um ambiente muito
agradável, e isso ajuda muito",
disse a ponta de 31 anos.
A estréia contra a Itália não deve
ser tão dura como esperado. As
atuais campeãs mundiais estão
sem suas principais atacantes.
O Brasil joga no Grupo A, ao lado de Itália, Japão e Rússia. No B,
enfrentam-se EUA, República
Dominicana, China e Cuba.
Os times jogam entre si nos grupos. Os dois mais bem colocados
de cada chave vão às semifinais.
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