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São Paulo, quarta-feira, 04 de junho de 2003

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VÔLEI

Time inicia hoje, na Suíça, seu primeiro teste após a volta de Virna e Raquel

Com rebeladas, Brasil tenta provar que ainda é da elite

MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

Selada a paz, a seleção feminina inicia uma nova luta. Com duas das rebeladas de volta e um elenco que não pode mais se apoiar no título de novato, o técnico Marco Aurélio Motta tenta provar a partir de hoje que pode manter o Brasil na elite do vôlei mundial.
Virna, Raquel e cia. estréiam contra a campeã mundial Itália, às 16h, na Volley Masters, na Suíça, seu primeiro torneio no ano em que buscam a vaga olímpica.
Sem problemas de contusão e com um grupo rodado após o Mundial da Alemanha e a Superliga, o Brasil inicia a temporada de maneira bem diferente de 2002.
Além de contar com a volta de duas rebeladas, a maioria das apostas do treinador teve bom desempenho na Superliga.
As pontas Paula Pequeno e Virna terminaram entre as três mais eficientes atacantes. Fabi levou os prêmios de melhor líbero e recepção. A oposto Raquel faturou o troféu de melhor saque.
Motta também contou com o surgimento de novas jogadoras. Para ficar com Fabiana, revelação da Superliga, travou uma queda-de-braço com Wadson Lima e tirou a meio-de-rede de 18 anos e 1,93 m da seleção juvenil.
"O time tem um padrão melhor do que o do ano passado. O poder de ataque cresceu. No treino, isso é evidente e deve se confirmar no jogo", disse Motta, que já está jogando com uma nova escalação.
Nas três vitórias em amistosos contra a Holanda, na semana passada, foram titulares Marcelle, Raquel, Paula Pequeno, Virna, Fabiana, Valeskinha e a líbero Fabi. Apenas três delas estavam na base sétima colocada no Mundial.
Há um ano, após a disputa de Montreaux, o cenário era radicalmente diferente. O torneio foi palco dos conflitos entre o técnico brasileiro e algumas jogadoras.
Após o quinto lugar, pior posição do Brasil até então, houve a debandada de quatro titulares -Raquel, Walewska, Fofão e Érika. Virna deixou o time em seguida, alegando problemas pessoais.
Para piorar a situação, antes do Mundial Motta perdeu Katchu e Jaqueline, principal aposta da renovação do treinador, lesionadas.
Como resultado da renovação forçada que fez no time, ficou em quinto lugar no Grand Prix e amargou o fiasco na Alemanha.
"O pior já passou. Hoje temos um grupo muito mais jovem, muito mais alto. Estamos montando uma base que em breve vai ser vitoriosa", afirmou Motta.
De volta à seleção após um ano, Virna está tendo de se adaptar a uma nova realidade, jogar com atletas novatas na equipe -além dela, apenas Karin e Raquel estiveram nos Jogos de Sydney-2000.
"É engraçado, sinto-me uma mãezona. Elas são novas, alegres e divertidas. É um ambiente muito agradável, e isso ajuda muito", disse a ponta de 31 anos.
A estréia contra a Itália não deve ser tão dura como esperado. As atuais campeãs mundiais estão sem suas principais atacantes.
O Brasil joga no Grupo A, ao lado de Itália, Japão e Rússia. No B, enfrentam-se EUA, República Dominicana, China e Cuba.
Os times jogam entre si nos grupos. Os dois mais bem colocados de cada chave vão às semifinais.


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