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São Paulo, quarta-feira, 04 de junho de 2003

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PINGUE-PONGUE

Motta vê equipe integrada e julga ter fama de doido

DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de Atenas-2004, ele deve deixar a seleção. Mas, para assegurar sua chegada lá, precisa superar velhos problemas, provar que sua renovação deu certo e obter a vaga olímpica.
Marco Aurélio Motta, 42, começa hoje a trabalhar os dois primeiros itens. O terceiro é o principal objetivo do ano -vai buscá-lo em novembro, no Japão.
"Essas meninas podiam ter se queimado [ao substituir as rebeladas em 2002]. O que elas fizeram é excepcional. Mas sem resultados ninguém fala bem. Fazer o quê?", disse à Folha. (ML)
 

Folha - Como foi a volta de Virna e Raquel ao grupo?
Motta -
Normal. As pessoas de fora é que ficam apreensivas. Elas estão integradas.

Folha - Acabaram todos os problemas?
Motta -
Acredito que até teremos alguns, como qualquer time. Mas aqui, se uma espirrar... Tivemos problemas no passado, mas agora eles estão externos ao grupo.

Folha - Onde você errou?
Motta -
Na presunção. Eu tenho minha verdade. Para mim, certas coisas são tão óbvias que eu não me dou ao trabalho de esclarecer.

Folha - Como o quê?
Motta -
Explicar para jogadora que ela precisa descansar, por exemplo. Jogadora que chega às 5h, 6h da manhã, apresenta dor no joelho e diz que não dá pra treinar, você vai achar normal? Infelizmente, não posso dizer tudo. Eu entendo, são garotas de 21, 22 anos, estão na fase do namoro... Mas há limite.

Folha - A porta se fechou para Érika, Elisângela e Fofão?
Motta -
Existe disponibilidade para conversar, mas isso não garante a volta de ninguém. Da minha parte, nunca houve intransigência.

Folha - Você as procurou?
Motta -
Fofão foi contatada. Disse que não tinha problema específico, mas não se sentia pronta. Aí fica difícil.

Folha - Você temeu cair?
Motta -
Acho que minha imagem pública é a pior possível. Um cara doido, que resolveu brigar com todo mundo. Se eu lesse os jornais e não tivesse minha auto-imagem, me dava um tiro.


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