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COPA 2006
Parreira agora prioriza a bola parada
Treinador diz que time recuperou forma física e vai aproveitar ausência de público na Alemanha para treinar cobranças
Ronaldinho atua como mestre-de-cerimônias e cativa torcida em último treino em Weggis antes de jogo com a Nova Zelândia
DOS ENVIADOS A WEGGIS
Primeiro o fôlego, depois o
detalhe. Este é o roteiro que
Carlos Alberto Parreira quer
para a sua seleção brasileira.
Ontem, depois do último treino
em Weggis, ele apontou esses
dois pontos como prioritários
nas duas principais etapas de
treinos da seleção brasileira.
"Ficou clara a nossa evolução
na parte física. A gente recuperou a equipe, que está em ascensão na sua saúde", disse o
treinador sobre o principal objetivo atingido na Suíça.
A partir de amanhã, quando o
time já estará na Alemanha, a
prioridade será outra.
"Temos que nos concentrar
nas bolas paradas, tanto na defesa quanto no ataque. Precisamos treinar cobranças de escanteios, faltas", afirmou o técnico, que vai manter Rogério e
Juninho, especialistas nesse tipo de lance, na reserva.
Para Parreira, o fim dos treinos abertos ao público, como
aconteceu em Weggis, vão ajudá-lo a praticar lances de bola
parada, já que assim o medo de
espionagem diminui.
O treinador também busca
informações sobre os rivais. "O
desconhecido dá medo. Assim,
a gente está estudando os adversários para não sermos surpreendidos", afirmou. Parreira
disse ter visto muitos dos amistosos que as equipes que vão ao
Mundial, especialmente os rivais brasileiros na primeira fase, fizeram nos últimos dias.
No dia em que demonstrou
melhor humor desde que chegou a Weggis, Parreira fez até
piada. "Com essa, eu arrebentei
vocês", disse, brincando sobre a
antecipação com que seu time
titular foi anunciado. De acordo com o treinador, isso fez
com que a maioria das perguntas que recebe geralmente não
fosse feitas desta vez.
Antes de Parreira, quem foi
protagonista na prática derradeira do Brasil em Weggis foi
Ronaldinho. No rachão tradicional das vésperas de partidas,
ele foi o destaque. Mas, deste
vez, por seu papel de mestre-de-cerimônias. A cada gol, ele
comemorava e entusiasmava
os torcedores. No final, puxou
os companheiros para os agradecimentos aos fãs que lotavam
a Thermoplan Arena.
(PAULO COBOS, RICARDO PERRONE E SÉRGIO
RANGEL)
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