São Paulo, domingo, 04 de junho de 2006

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No Mundial, punição para racismo vale só em campo

DO ENVIADO A MUNIQUE

A política linha-dura que a Fifa pretende criar para coibir a intolerância racial nos gramados não vai valer para as arquibancadas. Ao menos não durante a Copa do Mundo.
Apesar de ainda precisar discutir o tema durante reunião do Comitê Executivo, com início programado para a próxima quarta-feira, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, já adiantou que o comportamento da torcida não vai ter influência nos resultados.
"Uma equipe pode perder três pontos, ou seis pontos em caso de reincidência, se houver incidentes racistas em campo. A política entrará em vigor no dia 1º de julho, mas também deve ser aplicada neste Mundial", declarou o presidente em sua última entrevista coletiva, concedida na semana passada.
Blatter já havia demonstrado intenção de punir os atletas pela ação de seus entusiastas, mas voltou atrás. De acordo com o dirigente, o problema é basicamente logístico.
"Temos de ter muito cuidado nesse aspecto. Os espectadores não serão distribuídos em áreas específicas dos estádios no Mundial, então só poderemos punir atividades racistas que ocorrerem no campo de jogo, isto é, as coisas que pudermos controlar, os jogadores e a comissão técnica", relatou o presidente da Fifa. (GR)


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