Penúltimo colocado e sem poder sair da zona da degola antes da Copa, contra o Atlético-PR, time tenta amenizar crise

Após três derrotas seguidas, o técnico Tite diz que, sem a parada do Brasileiro, tarefa de evitar descenso do clube seria "muito mais difícil"

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Sete derrotas em nove partidas transformam a vida de uma equipe em tamanho desastre a ponto de uma única vitória já não ter o costumeiro poder curativo de outros momentos. Esse é o caso do Palmeiras nesta última rodada do Brasileiro antes da parada do campeonato, que não terá jogos durante a Copa da Alemanha. Com uma campanha digna de equipe candidatíssima ao rebaixamento -na penúltima colocação- e com elenco e diretoria contestados por torcedores, a equipe do Parque Antarctica chega à décima rodada do Nacional precisando de mais do que um triunfo fora de casa, como o que hoje buscará em Curitiba, diante do Atlético-PR, na Kyocera Arena, às 16h. Para Tite e seus comandados, vencer o time paranaense no estádio do rival -um feito que jamais conseguiu e onde nem sequer anota gols desde a inauguração da Arena, em 1999-, já não é o suficiente para tirá-los da crise. Serve apenas para não agravá-la ainda mais. Com quatro pontos, os palmeirenses não podem mais sair da zona do rebaixamento antes da interrupção para o Mundial. A situação já fez até mesmo os mais fervorosos torcedores perderem a fé numa segunda vitória antes da Copa. Entre os descrentes está o presidente do clube, Affonso della Monica. Ele, que faz questão de acompanhar a delegação em todos os jogos fora de casa, já disse a interlocutores que espera hoje a oitava derrota do time do Parque Antarctica. Mas, segundo Tite, que mantém firme o discurso dos crentes, um triunfo em Curitiba pode pelo menos resgatar a auto-estima, dando forças para a reação na retomada do Nacional. "Nós precisamos de tranqüilidade. E isso só virá com resultados. É jogar um bom futebol e transformar isso em placar favorável", disse o treinador, que vê na parada do Brasileiro um alento para o seu combalido time. "É uma oportunidade para demonstrarmos nossa competência", opinou Tite. "Seria uma tarefa muito mais difícil sem a parada", completou, ao se referir à meta de evitar um novo rebaixamento à Série B. No Atlético, o técnico Givanildo de Oliveira disse que a partida será a "prova de fogo" que falta para o time se reabilitar de vez no Nacional. "Ainda podemos mostrar muito mais do que exibimos nas duas últimas partidas", afirmou. Preocupado com a apatia do time, que venceu somente um dos quatro confrontos em seus domínios, Givanildo tem conversado com os jogadores para evitar que isso vire rotina no restante do campeonato.