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enfim, só
Corinthians tenta 1ª taça sem parceiros
Desde 1995, a equipe alvinegra não vence um campeonato de relevância nacional sem contar com verbas de parcerias
André Santos diz que o clube está um pouco carente de
conquistas, enquanto Mano Menezes vê valorização
diferente na competição
LUÍS FERRARI
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
A Copa do Brasil, para o Corinthians, é a chance de redenção. Mas é também a oportunidade de um rompimento com o
modelo que levou ao clube seus
principais títulos em quase
uma década e meia, mas também a seus maiores problemas.
Pela primeira vez em 13 anos,
o time, que hoje abre a decisão
da Copa do Brasil diante do
Sport, no Morumbi, pode faturar um título de relevância nacional ou internacional sem ter
por trás o apoio de um parceiro
que injeta dinheiro no clube.
Desde a primeira conquista
no torneio mata-mata que dá
vaga ao campeão na Taça Libertadores, os corintianos não
celebram um título solo. A Copa do Brasil de 1995 foi a última
taça obtida dessa forma.
Depois disso, todos os títulos
importantes chegaram com a
ajuda de parceiros.
Foi assim em 1998, com o segundo título do Brasileiro. A
equipe comandada por Vanderlei Luxemburgo e, com jogadores como Vampeta, Rincón e
Gamarra, foi montada com o
auxílio financeiro do Banco Excel, o primeiro a fechar com o
Corinthians um acordo que extrapolava o patrocínio e interferia na gestão do futebol.
Em 1999, quando o banco
desfez a parceria, foi a vez de
um fundo de investimentos
apostar na equipe do Parque
São Jorge. O HMTF (Hicks
Muse, Tate and Furst), grupo
norte-americano, foi quem
custeou os títulos da fase mais
vitoriosa da história corintiana.
Além do bi no Nacional, na
era da parceria com o fundo, o
Corinthians ganhou seu maior
título até hoje, o Mundial de
Clubes, em 2000. O saldo foi
aumentado no último ano da
presença da parceira no Parque
São Jorge, com a segunda Copa
do Brasil, em 2002.
Na era MSI, a mais conturbada parceria corintiana -apesar
de problemas nos acordos anteriores com Excel e HMTF-,
chegou ao tetracampeonato do
Brasileiro, a última grande alegria para a torcida corintiana.
A associação com grupo de
investidores misteriosos e acusados de atos criminosos em
seus países de origem, no entanto, gerou um alto preço. A
crise resultou em processos criminais contra cartolas, no impeachment do ex-presidente
Alberto Dualib e no rebaixamento à Série B do Nacional.
Não à toa, o tri da Copa do
Brasil tem sido tratado como
uma conquista especial.
"Esta Copa do Brasil vai ter
um tipo de valorização diferente. Futebol é momento. Às vezes um Estadual, como o de
1977, é a melhor coisa. Às vezes,
é um Mundial de Clubes, como
o de 2000", afirma o técnico
gaúcho Mano Menezes.
"O clube está um pouco carente de títulos. Seria importante conquistar a Copa do Brasil. Para a diretoria e a torcida e
para nós. Seria muito importante para a seqüência do ano",
diz André Santos, um dos poucos corintianos que já tiveram o
gosto de vencer um título de expressão nacional. "Em 2006,
venci a Copa do Brasil [com o
Flamengo], mas não joguei a final. Troquei de clube antes disso [da decisão]."
NA TV - Corinthians x Sport
Globo (para SP e PE), Band e Sportv, ao vivo, às 21h50
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