DA REPORTAGEM LOCAL

Não houve quarteto mágico, Carlos Alberto Parreira ou Robinho que dessem as caras na chegada da seleção ao Brasil. Os badalados craques do ataque se dispersaram pela Europa, o jovem jogador do Real Madrid e o técnico preferiram não encarar microfones e torcedores nos aeroportos de São Paulo e Rio.
Coube então a Cafu exercer o papel de anteparo das críticas e dar as primeiras explicações em solo brasileiro para o fracasso do Brasil na Copa.
O lateral foi o único entre os principais personagens da seleção a dar a cara para bater na chegada ao Brasil, o que não o isentou das vaias e xingamentos da torcida e até de críticas de seu pai, ainda que brandas.
Além do jogador do Milan, apenas os reservas Cris e Mineiro, em São Paulo, e Gilberto, no Rio, falaram sobre a eliminação do Brasil -Ricardinho, Rogério, Gilberto Silva, Luisão, Cicinho e Fred não apareceram.
"Nem sempre vence o melhor. Nós fomos considerados a melhor seleção do mundo, a seleção que ia dar show. Isso não aconteceu, outras seleções vieram, e uma ganhou da seleção brasileira. Quando a seleção toda não joga é bem difícil. Quando o esquema não sai, fica bem difícil", afirmou Cafu, logo depois de ser cercado por câmeras e microfones.
Ouvindo gritos de "se aposenta", proferidos por alguns torcedores, o capitão foi recebido por um de seus filhos, que furou o cerco dos jornalistas.
Apesar da pressão, Cafu se mostrava bem-humorado, o que causou a revolta de torcedores, que gritavam: "Está rindo do quê? Deveria estar chorando".
O atleta só se mostrou irritado quando questionado se a eliminação da Copa significou sua aposentadoria da seleção. "Agora vou chegar em casa, tomar um café, descansar um pouco, ver as finais da Copa e, depois, decidir o que vamos fazer", afirmou, mudando o discurso de quando estava no avião.

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