São Paulo, terça-feira, 04 de julho de 2006

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Lippi diz que semifinal é muito pouco

UIRÁ MACHADO
ENVIADO ESPECIAL A DORTMUND

Desacreditada no início, a Itália cresceu ao longo do torneio e conquistou a confiança dos mesmos torcedores que desconfiavam da equipe. Em meio a esse clima otimista, o técnico Marcello Lippi afirmou ontem que não está satisfeito por ter chegado apenas até a semifinal da Copa do Mundo.
Questionado sobre um possível "salto alto" de sua equipe na partida de hoje contra a Alemanha, disse: "Não podemos deixar que o entusiasmo pelo sucesso nos deixe abaixar a guarda. Sabemos que não estamos no ponto de chegada, mas, sim, no de partida. Não estamos satisfeitos por estar entre os quatro primeiros".
A Itália hoje conta com o bom retrospecto contra o adversário: ganhou a decisão da Copa de 1982 (3 a 1) e a semifinal do Mundial de 1970 (4 a 3). Além disso, nunca foi derrotada pela Alemanha em jogos oficiais. Na última partida entre as equipes, um amistoso em março deste ano, a Squadra Azzurra goleou: 4 a 1, em Florença.
Os italianos ainda levam vantagem nos confrontos contra o adversário na Alemanha. Foram quatro vitórias, contra três dos atuais anfitriões. Das seis semifinais de Copa que disputou, a Itália só não chegou à final em uma, em 1990, quando caiu em casa, nos penâltis, para a Argentina.
Entretanto, apesar dos números favoráveis, a Azzurra acabou eliminada nos dois últimos Mundiais pelos anfitriões (França, em 98, e Coréia do Sul, em 2002).
O lateral-esquerdo Fabio Grosso usa o último confronto para justificar sua confiança na vitória em Dortmund: "A Alemanha está em casa. Mas já ganhamos deles uma vez, esperamos que dê certo de novo."
Para Lippi, a torcida não é o que torna a Alemanha um oponente forte. "Temos jogadores experientes e acostumados a lidar com o estádio contra si, não esperamos que o ambiente vá nos atrapalhar", afirmou, confiante.
Lippi destacou outras qualidades da seleção de Klinsmann. Disse que "a Alemanha é forte, jovem e bem preparada".
Aos 58 anos, Lippi não esconde a satisfação de comandar a Azzurra. "Sentimos um grande entusiasmo quando falamos com amigos e parentes na Itália, quando eles nos transmitem a felicidade do país."


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