São Paulo, domingo, 04 de julho de 2010

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Carrossel alemão

Com frequentes trocas de posição e rápidos contra-ataques, alemães goleiam Argentina e avançam às semifinais

Argentina 0

Alemanha 4
Müller, aos 3min do 1º tempo; Klose, aos 23min e aos 44min, e Friedrich, aos 29min do 2º tempo


Klose decreta os 4 a 0 e marca seu 14º quarto gol em Copas

JOSÉ GERALDO COUTO
RODRIGO BUENO
ENVIADOS ESPECIAIS À CIDADE DO CABO

A Alemanha massacrou ontem a Argentina por 4 a 0 no estádio Green Point, na Cidade do Cabo, e avançou para as semifinais da Copa.
A goleada que eliminou o time de Maradona começou a se desenhar logo aos 3min de jogo, quando Schweinsteiger bateu uma falta da esquerda.
Müller se antecipou ao goleiro Romero e, com leve desvio de cabeça, abriu o placar.
A Argentina procurou reagir, mas, apesar de ter mais posse de bola, não conseguiu furar a boa defesa alemã.
Bem marcado, Messi tinha dificuldades para jogar. Caía para a direita, recuava ao meio-campo para buscar jogo, dava passes, mas era a Alemanha que, nos contra-ataques, criava as melhores oportunidades de gol.
No segundo tempo, os argentinos voltaram com disposição redobrada, mas suas ações ofensivas esbarravam na eficiente defesa alemã.
Nervosa, a equipe argentina cedia espaços para os rápidos e mortais contragolpes alemães. Em uma dessas ações, aos 23min, o atacante Müller, mesmo caído, passou na ponta esquerda para Podolski, que cruzou rasteiro para Klose, na pequena área, só tocar para as redes: 2 a 0.
O segundo gol desnorteou ainda mais os argentinos. A equipe de Joachim Löw exibia solidez na marcação e rapidez para partir da defesa para o ataque, com constantes trocas de posições entre seus meias e atacantes.
Aos 29min, Schweinsteiger, eleito "o homem do jogo", invadiu a área pela esquerda, driblando adversários, e cruzou rasteiro da linha de fundo para o zagueiro Friedrich fazer o gol.
O quarto tento, o segundo de Klose, também saiu pela esquerda, de um cruzamento de Özil pelo alto, que o artilheiro emendou de primeira.
Apesar dos lampejos ocasionais de Messi e da luta constante dos argentinos, em especial Tevez, a Alemanha foi superior o tempo todo, exibindo ao mesmo tempo solidez e leveza.
A rapidez com que o time saía em conjunto para o ataque ou voltava para defender quando perdia a posse de bola lembrava mais um carrossel do que a imagem de máquina de guerra que as equipes alemãs geralmente têm -mais mecânicas e pesadas em épocas anteriores.
"Foi fantástico. Tudo saiu maravilhosamente bem.
Despachar a Argentina com um 4 a 0, o que mais se pode dizer?", exultou Müller. Com as duas goleadas categóricas sobre ex-campeãs mundiais, Inglaterra (4 a 1) e Argentina (4 a 0), a Alemanha se consolidou como a seleção mais artilheira do Mundial-2010, com 13 gols, e a maior favorita ao título.


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