São Paulo, sexta-feira, 04 de agosto de 2006

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desafio colorado

São Paulo busca o tetra contra o Inter

Time gaúcho elimina o Libertad e faz Libertadores ter final brasileira pelo 2º ano seguido; primeiro jogo é no Morumbi

Jefferson Bernardes/France Presse
Alex comemora com pirueta o primeiro gol do Internacional contra o Libertad no Beira-Rio


DA REPORTAGEM LOCAL

Em sua sexta final da Libertadores, o São Paulo enfrentará um time que é seu espelho defensivo e tem menos diversidade de jogadas. Assim pode ser definido o Internacional, que se classificou ontem para a decisão da competição ao vencer o Libertad no Beira-Rio.
Os times gaúcho e paulista consolidam a hegemonia no futebol brasileiro, pois são segundo e primeiro colocados no Brasileiro, respectivamente.
Será a segunda vez seguida que o São Paulo pega um adversário brasileiro na decisão continental. No ano passado, superou o Atlético-PR para chegar ao tricampeonato. Desta vez, no entanto, a equipe jogará a segunda partida da decisão fora de casa, no Beira-Rio, no dia 16. O primeiro jogo será no Morumbi, na próxima quarta.
Como têm feito os paulistas, os gaúchos jogaram ontem em um 3-5-2 que privilegia os avanços dos alas Ceará e Jorge Wagner. No meio, dois volantes que marcam forte, Edinho e Fabinho, e um jogador de criação, Alex, que cai pela esquerda. Na frente, o grandalhão Fernandão e o rápido Rafael Sóbis.
Se as posturas são parecidas, a qualidade dos jogadores torna os dois times bem diferentes. Com volantes menos ágeis que os são-paulinos, o Inter sai de forma no meio-campo, limitando-se a abrir bolas nas laterais.
Então sobram "chuveirinhos" na área rival. Enfim, bem diferente da diversidade de jogadas do time são-paulino, que apresenta tabelas, cruzamentos e até cobranças de falta do goleiro e capitão Rogério.
A formação da equipe gaúcha pôde ser observada em sua atuação ontem, diante da retranca do paraguaio Libertad.
Até que, no início, parecia que o Inter pressionaria o rival, quando teve chance no início.
Mas, logo depois, o time gaúcho passou a ter dificuldades de chegar ao gol. Tanto que suas poucas chances eram em cruzamentos na área, em bolas paradas de Jorge Wagner.
Bem postado, o Libertad também não ameaçava na frente, diante dos vários zagueiros.
"Não tem pressa para chegar ao gol. Tem que ficar bem postado", resumia o treinador Abel Braga antes da partida.
Não foi diferente no segundo tempo. Após pequena pressão no início da etapa, o Inter cedeu espaço ao Libertad, que se tornou mais perigoso, criando oportunidades. Uma das mais defensivas da Libertadores, a equipe paraguaia, que tinha média de apenas 1,18 gol feito por jogo, não concluiu com perfeição. Na melhor chance, Riveros quase fez gol de cabeça.
Abel, então, decidiu avançar seu time, colocando o atacante Rentería no time. Não foi efeito direto do colombiano, mas o Inter chegou ao gol. Aos 18min, Alex disparou de longe e marcou, em bola que quicou diante do goleiro. Seis minutos depois, em chute parecido, Fernandão acertou o canto e fez o segundo.
Com 2 a 0 no placar, a classificação estava praticamente decidida, e o time da casa voltou ao seu ritmo habitual.
Os números do Inter no Brasileiro mostram que seu principal trunfo é a força defensiva. Vice-líder, atrás do São Paulo, fez 18 gols e tomou 13 -é o 11º melhor ataque e a terceira melhor defesa. Técnico do Inter em 2005, o são-paulino Muricy Ramalho sabe o que esperar.


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