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desafio colorado
São Paulo busca o tetra contra o Inter
Time gaúcho elimina o Libertad e faz Libertadores ter final brasileira pelo 2º ano seguido; primeiro jogo é no Morumbi
Jefferson Bernardes/France Presse
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Alex comemora com pirueta o primeiro gol do Internacional contra o Libertad no Beira-Rio |
DA REPORTAGEM LOCAL
Em sua sexta final da Libertadores, o São Paulo enfrentará
um time que é seu espelho defensivo e tem menos diversidade de jogadas. Assim pode ser
definido o Internacional, que
se classificou ontem para a decisão da competição ao vencer
o Libertad no Beira-Rio.
Os times gaúcho e paulista
consolidam a hegemonia no futebol brasileiro, pois são segundo e primeiro colocados no
Brasileiro, respectivamente.
Será a segunda vez seguida
que o São Paulo pega um adversário brasileiro na decisão continental. No ano passado, superou o Atlético-PR para chegar
ao tricampeonato. Desta vez,
no entanto, a equipe jogará a
segunda partida da decisão fora
de casa, no Beira-Rio, no dia 16.
O primeiro jogo será no Morumbi, na próxima quarta.
Como têm feito os paulistas,
os gaúchos jogaram ontem em
um 3-5-2 que privilegia os
avanços dos alas Ceará e Jorge
Wagner. No meio, dois volantes
que marcam forte, Edinho e
Fabinho, e um jogador de criação, Alex, que cai pela esquerda.
Na frente, o grandalhão Fernandão e o rápido Rafael Sóbis.
Se as posturas são parecidas,
a qualidade dos jogadores torna
os dois times bem diferentes.
Com volantes menos ágeis que
os são-paulinos, o Inter sai de
forma no meio-campo, limitando-se a abrir bolas nas laterais.
Então sobram "chuveirinhos" na área rival. Enfim, bem
diferente da diversidade de jogadas do time são-paulino, que
apresenta tabelas, cruzamentos e até cobranças de falta do
goleiro e capitão Rogério.
A formação da equipe gaúcha
pôde ser observada em sua
atuação ontem, diante da retranca do paraguaio Libertad.
Até que, no início, parecia
que o Inter pressionaria o rival,
quando teve chance no início.
Mas, logo depois, o time gaúcho passou a ter dificuldades de
chegar ao gol. Tanto que suas
poucas chances eram em cruzamentos na área, em bolas paradas de Jorge Wagner.
Bem postado, o Libertad
também não ameaçava na frente, diante dos vários zagueiros.
"Não tem pressa para chegar
ao gol. Tem que ficar bem postado", resumia o treinador Abel
Braga antes da partida.
Não foi diferente no segundo
tempo. Após pequena pressão
no início da etapa, o Inter cedeu
espaço ao Libertad, que se tornou mais perigoso, criando
oportunidades. Uma das mais
defensivas da Libertadores, a
equipe paraguaia, que tinha
média de apenas 1,18 gol feito
por jogo, não concluiu com perfeição. Na melhor chance, Riveros quase fez gol de cabeça.
Abel, então, decidiu avançar
seu time, colocando o atacante
Rentería no time. Não foi efeito
direto do colombiano, mas o
Inter chegou ao gol. Aos 18min,
Alex disparou de longe e marcou, em bola que quicou diante
do goleiro. Seis minutos depois,
em chute parecido, Fernandão
acertou o canto e fez o segundo.
Com 2 a 0 no placar, a classificação estava praticamente
decidida, e o time da casa voltou ao seu ritmo habitual.
Os números do Inter no Brasileiro mostram que seu principal trunfo é a força defensiva.
Vice-líder, atrás do São Paulo,
fez 18 gols e tomou 13 -é o 11º
melhor ataque e a terceira melhor defesa. Técnico do Inter
em 2005, o são-paulino Muricy
Ramalho sabe o que esperar.
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