São Paulo, terça-feira, 04 de agosto de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VÔLEI

Os privilégios das campeãs


Viagens na classe executiva exclusivas para as campeãs olímpicas podem colaborar com racha dentro da equipe


CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

O ANO DE 2009 marca o início de um novo ciclo olímpico e não foge à tradição: todas as seleções estão bem renovadas. Mesmo com apenas seis campeãs olímpicas e duas novas levantadoras, o Brasil está com o time mais certinho do Grand Prix. O maior problema serão as viagens e o fuso horário.
Viagens, que além de cansativas, já que as próximas três etapas serão na Ásia, podem provocar turbulências. Domingo, a Folha publicou reportagem de José Eduardo Martins informando que só as seis campeãs olímpicas e parte da comissão técnica viajam de classe executiva.
As oito novatas que completam a equipe -Dani Lins, Ana Tiemi, Carol Gattaz, Adenízia, Natália, Regiane, Joyce e Camila Brait- vão na classe econômica. Ou seja, têm menos conforto, já que o espaço entre os assentos é menor, e o serviço de bordo, inferior.
Tudo bem que as regalias fazem parte de acordo entre as atletas e a confederação antes dos Jogos de Pequim, já que até o ano passado só a seleção masculina, por ser campeã olímpica, viajava na classe executiva. Esses privilégios deveriam ser estendidos para o time todo.
Por mais que, nas entrevistas, as novatas afirmem que está tudo bem, existe um tratamento diferenciado que pode contribuir para rachar a equipe. Já é complicado para as comissões técnicas administrarem conflitos que aparecem na convivência de grupo. Com essa situação, fica ainda mais difícil.
Fora do avião, o maior desafio da seleção será na próxima etapa, em Macau, quando enfrentará o adversário mais difícil da fase de classificação: a China, que venceu todos os jogos da última rodada.
Os outros rivais da próxima fase, que começa sexta-feira, serão Polônia e Tailândia, zebra do torneio. Na última rodada, as tailandesas venceram a Polônia e o Japão.
A boa nova é a recuperação de Natália de uma fratura em um dos dedos da mão direita. Contra os Estados Unidos, ela entrou em alguns momentos e teve um belo aproveitamento: das dez bolas que bateu, colocou sete no chão.

PROTESTO
O técnico Zé Roberto encaminhou um protesto formal à Federação Internacional de Vôlei. Ele quer que os treinadores das equipes femininas possam inscrever 14 jogadores no Grand Prix (que só permite 12 por confronto), assim como já ocorre na Liga Mundial.

CAMISA DA FOFÃO
A atacante Mari estava na fila faz tempo. Ela sempre gostou do número sete, mas na seleção tinha que jogar com a camisa três. A sete era da levantadora Fofão, que se despediu da seleção nos Jogos de Pequim. Nesta temporada, ela herdou a camisa de Fofão. A três ficou com Dani Lins.

cidasan@uol.com.br


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Bellucci tem espaço para subir no ranking
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.