|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
DEPOIMENTO
"Tenho um diamante bruto para lapidar até a Olimpíada"
FÁTIMA GERMANO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Só de olhar Antônio Carlos, percebi que era diferenciado. Foi em outubro de
2009, nos exames de admissão para o Centro de Excelência da Federação Paulista de
Atletismo, no Ibirapuera.
Nos testes de velocidade,
ele era o mais rápido. Nos de
impulsão, o que subia mais
alto. Nos de arremesso, o que
alcançava as maiores distâncias. Foi, disparado, o melhor daquela peneira.
O talento natural precisava ser aliado à técnica. Ele
sempre quis fazer lançamento de dardo. Tinha noção de
como se arremessava.
É preciso muita paciência
para ensiná-lo. E eu vou ter
toda paciência do mundo.
Antônio Carlos é disléxico.
Qualquer instrução precisa
ser dada cinco ou seis vezes
até que ele assimile. Ritual
que se repete no dia seguinte.
Como é jovem e está há
pouco neste contexto de
competição, ainda não percebeu o quão longe pode ir.
Tremeu de medo quando
foi competir no Sul-Americano, em junho, em Uberlândia
de avião. Na Olimpíada de
2016, ele terá 23 anos, e tenho
certeza de que estará lá.
FÁTIMA GERMANO é treinadora
de atletismo da ASA
Texto Anterior: Caminho das pedras Próximo Texto: Saiba mais: Brasil produz poucos atletas na modalidade Índice
|