São Paulo, segunda-feira, 04 de setembro de 2006

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Corinthians sai da zona do descenso

Sálvio Spínola marca pênalti polêmico, que define a vitória e alça o time à 15ª colocação após 15 rodadas sob risco

Caio Guatelli/Folha Imagem
Marcelo Mattos bate pênalti para marcar o único gol da vitória contra a Ponte Preta, o que tirou o Corinthians da zona de descenso


EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

Foi mais uma noite daquelas. Mas o Corinthians, com muito custo, começa a respirar no Brasileiro. O suado 1 a 0 diante da também desesperada Ponte Preta tirou o time de Emerson Leão, depois de 15 rodadas, da zona de rebaixamento.
Para chegar à 15ª colocação do torneio, com 26 pontos, os corintianos tiveram de se desdobrar. Perderam gols feitos, correram desesperadamente, deram chutões, comemorados efusivamente pela torcida, e atingiram a vitória por meio de um pênalti duvidoso em Rubens Júnior, marcado pelo árbitro Sálvio Spínola.
"Dominei a bola, tirando do zagueiro. Quando senti que ele tocou no meu corpo, preferi o pênalti. Não sou bobo. Hoje em dia, você precisa aproveitar as situações que existem no futebol", disse o lateral corintiano.
No final do jogo, que foi até os 49min, Marcelo garantiu o resultado com bela defesa, e Betão, em cima de linha, evitou o empate. "A gente que é zagueiro dificilmente faz gol. Mas hoje é como se eu tivesse marcado um", afirmou o zagueiro.
Foi o quarto triunfo do time, que terá o líder São Paulo pela frente no domingo, sob o comando de Leão em seis jogos. "Eu acho que a sensação é mais gostosa e mais real. Estamos satisfeitos não só por sair [da zona do descenso], mas pelo espírito da equipe", afirmou Leão. "Todos nós estamos jogando de forma alegre. Nós saímos, mas ainda estamos perto da parte de baixo, mas perto também da zona da Sul-Americana e da Libertadores", falou o volante Marcelo Mattos, autor do gol da vitória corintiana.
Sem muita inspiração, os corintianos pressionavam na base da força, usando quase sempre os cruzamentos na área. Diante de um rival fechado na defesa, os comandados de Leão usavam as laterais. Mas eram ineficientes nos chutes.
A produção ofensiva, porém, foi satisfatória. No 4-5-1, o Corinthians usava, como pediu Leão, seus meias e laterais para auxiliar Rafael Moura.
No final da primeira etapa, o time criou pelo menos quatro chances, mas pecou na pontaria. O goleiro Jean fez só duas defesas nos primeiros 45 minutos em 13 arremates corintianos, segundo o Datafolha.
"Tivemos um volume maior de jogo. O gol vai sair em alguma hora", previu o meia Carlos Alberto, no intervalo.
Mas o grito de gol continuou na garganta dos corintianos. O roteiro seguiu o da primeira etapa. O time de Leão chegava em massa ao ataque. Os arremates ora paravam nas mãos de Jean, ora iam para a linha de fundo. Em disputa na área, um pênalti foi pedido em Rosinei.
Leão reclamava com o árbitro. Outro pênalti foi pedido quando a bola tocou no braço de um atleta da Ponte Preta na área. A pressão recaía sobre o juiz. E, num outro lance polêmico, Spínola marcou pênalti após choque entre Rubens Júnior e Luís Carlos na área.
Foi a vez de os ponte-pretanos cercarem o juiz. Em vão.
Marcelo Mattos, com um chute forte, abriu o placar, aos 21min, e aliviou o Pacaembu.
O Corinthians, de novo, esteve longe de atingir o brilhantismo, mas mostrou disposição para empolgar seus torcedores e saiu, enfim, da zona de rebaixamento. "Eu disse que não era o espetáculo que iria satisfazer os corintianos, mas os três pontos", falou o técnico corintiano.
Nesta quarta, o time estréia na Copa Sul-Americana, contra o Vasco, no Rio. Hoje à tarde, o volante Magrão e o lateral César serão apresentados.


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