|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Corinthians sai da zona do descenso
Sálvio Spínola marca pênalti polêmico, que define a vitória e alça o time à 15ª colocação após 15 rodadas sob risco
Caio Guatelli/Folha Imagem
|
Marcelo Mattos bate pênalti para marcar o único gol da vitória contra a Ponte Preta, o que tirou o Corinthians da zona de descenso |
EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL
Foi mais uma noite daquelas.
Mas o Corinthians, com muito
custo, começa a respirar no
Brasileiro. O suado 1 a 0 diante
da também desesperada Ponte
Preta tirou o time de Emerson
Leão, depois de 15 rodadas, da
zona de rebaixamento.
Para chegar à 15ª colocação
do torneio, com 26 pontos, os
corintianos tiveram de se desdobrar. Perderam gols feitos,
correram desesperadamente,
deram chutões, comemorados
efusivamente pela torcida, e
atingiram a vitória por meio de
um pênalti duvidoso em Rubens Júnior, marcado pelo árbitro Sálvio Spínola.
"Dominei a bola, tirando do
zagueiro. Quando senti que ele
tocou no meu corpo, preferi o
pênalti. Não sou bobo. Hoje em
dia, você precisa aproveitar as
situações que existem no futebol", disse o lateral corintiano.
No final do jogo, que foi até os
49min, Marcelo garantiu o resultado com bela defesa, e Betão, em cima de linha, evitou o
empate. "A gente que é zagueiro dificilmente faz gol. Mas hoje é como se eu tivesse marcado
um", afirmou o zagueiro.
Foi o quarto triunfo do time,
que terá o líder São Paulo pela
frente no domingo, sob o comando de Leão em seis jogos.
"Eu acho que a sensação é mais
gostosa e mais real. Estamos
satisfeitos não só por sair [da
zona do descenso], mas pelo espírito da equipe", afirmou
Leão. "Todos nós estamos jogando de forma alegre. Nós saímos, mas ainda estamos perto
da parte de baixo, mas perto
também da zona da Sul-Americana e da Libertadores", falou o
volante Marcelo Mattos, autor
do gol da vitória corintiana.
Sem muita inspiração, os corintianos pressionavam na base da força, usando quase sempre os cruzamentos na área.
Diante de um rival fechado na
defesa, os comandados de Leão
usavam as laterais. Mas eram
ineficientes nos chutes.
A produção ofensiva, porém,
foi satisfatória. No 4-5-1, o Corinthians usava, como pediu
Leão, seus meias e laterais para
auxiliar Rafael Moura.
No final da primeira etapa, o
time criou pelo menos quatro
chances, mas pecou na pontaria. O goleiro Jean fez só duas
defesas nos primeiros 45 minutos em 13 arremates corintianos, segundo o Datafolha.
"Tivemos um volume maior
de jogo. O gol vai sair em alguma hora", previu o meia Carlos
Alberto, no intervalo.
Mas o grito de gol continuou
na garganta dos corintianos. O
roteiro seguiu o da primeira
etapa. O time de Leão chegava
em massa ao ataque. Os arremates ora paravam nas mãos de
Jean, ora iam para a linha de
fundo. Em disputa na área, um
pênalti foi pedido em Rosinei.
Leão reclamava com o árbitro. Outro pênalti foi pedido
quando a bola tocou no braço
de um atleta da Ponte Preta na
área. A pressão recaía sobre o
juiz. E, num outro lance polêmico, Spínola marcou pênalti
após choque entre Rubens Júnior e Luís Carlos na área.
Foi a vez de os ponte-pretanos cercarem o juiz. Em vão.
Marcelo Mattos, com um
chute forte, abriu o placar, aos
21min, e aliviou o Pacaembu.
O Corinthians, de novo, esteve longe de atingir o brilhantismo, mas mostrou disposição
para empolgar seus torcedores
e saiu, enfim, da zona de rebaixamento. "Eu disse que não era
o espetáculo que iria satisfazer
os corintianos, mas os três pontos", falou o técnico corintiano.
Nesta quarta, o time estréia na
Copa Sul-Americana, contra o
Vasco, no Rio. Hoje à tarde, o
volante Magrão e o lateral César serão apresentados.
Texto Anterior: Cheio de erros, Palmeiras diz que juiz errou Próximo Texto: Dualib vai à Fifa explicar a parceria Índice
|