São Paulo, domingo, 04 de outubro de 2009

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Para Nuzman, projeto do Brasil vai virar paradigma

DOS ENVIADOS A COPENHAGUE

Após a conquista da sede dos Jogos Olímpicos, o presidente do comitê organizador da Rio- -2016, Carlos Arthur Nuzman, passou a adotar um discurso professoral em relação a candidaturas olímpicas. Ele acredita que a postulação brasileira será usada como doutrina, como exemplo em futuras disputas.
Nuzman chegou a dizer que previu o resultado entre as finalistas em Copenhague, Brasil e Espanha, com quase o mesmo placar registrado de fato.
Segundo ele, seu estudo mostrava que o Rio de Janeiro ganharia por 67 votos contra 33 de Madri. O resultado real, anteontem, foi 66 a 32.
"Decidimos organizar o Pan para nos candidatar para 2016", afirmou ele. "Em 2012, não estávamos prontos. Você tem que perder para ganhar depois."
Sua opinião é que vários países devem se candidatar para 2020 para perder e, assim, aprender como é o processo.
Nuzman comentou sobre a participação do presidente Lula na candidatura, indicando que somente o Brasil acertou ao usar seu chefe de Estado.
"Só ele participou de todo o processo. Os outros, com todo o respeito, não", analisou o cartola, que falou que as cartas do presidente do Brasil para os membros do COI foram personalizadas, não circulares, com um padrão, como teria sido as de seus pares dos outros países.
"Nos últimos meses, ainda fiquei bastante tempo sem dar entrevistas para evitar que qualquer comentário fosse usado. Qualquer notícia pode ser usada", contou Nuzman, que viajou pelo mundo. "Nos encontramos com os membros do COI pelo menos duas vezes."
Por fim, ele fez elogios aos consultores internacionais contratados pela campanha, como o marqueteiro Mike Lee, que conseguiu conquistar sua segunda Olimpíada como membro de candidatura -a primeira foi a de Londres.
"Achei interessante que houve poucos questionamentos sobre a estratégia de campanha", observou. (LC, RM E SR)


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