São Paulo, terça-feira, 04 de outubro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

sem corpo fechado

Kléber e Sandro, cortados por lesão, são as vítimas mais recentes da onda de 'desconvocações' que atrapalha a seleção em 2011

MARTÍN FERNANDEZ
ENVIADO ESPECIAL A SAN JOSÉ

A seleção brasileira não consegue se livrar das contusões, que impedem o técnico Mano Menezes de testar o time que considera ideal e também eventuais alternativas.
Neste ano, a equipe nacional jogou oito amistosos. Não houve um sequer em que todos os convocados estiveram à disposição do treinador.
Nos dois próximos, não será diferente. O Brasil enfrenta a Costa Rica na sexta-feira, em San José. Depois, segue para Torreón, no México, para jogar contra a seleção local na próxima terça-feira.
Desta vez, serão duas baixas. A primeira foi o atacante Kléber, 21, do Porto, chamado pela primeira vez por Mano. O jogador sofreu uma contusão na clavícula.
A outra foi o volante Sandro, do Tottenham, que desfalcará a seleção devido a uma lesão na panturrilha. O corintiano Ralf foi chamado em seu lugar ontem.
Na Copa América, único torneio oficial do atual técnico, não foi diferente. Sandro também foi cortado por lesão.
Em 2011, foram 13 "desconvocações", termo usado pela CBF quando dispensa um convocado -incluído aí o caso do lateral Mário Fernandes, que não se apresentou por "problemas pessoais".
Essa conta não inclui atletas cujas lesões impediram que eles fossem chamados, caso de Leandro Damião, por exemplo. E nem jogadores que se contundiram durante partidas da seleção, como Ganso contra Gana, há um mês, em Londres.
Questionado sobre o assunto em Belém, onde o Brasil ganhou da Argentina na semana passada, Mano preferiu não se queixar.
Até brincou. "A não ser uma vez, quando tive que ver o Sidnei [Lobo, seu auxiliar] treinar, o resto não me incomoda", disse. "Faz parte do trabalho, não tem jeito."
O treinador consegue ver até o lado bom no fato de ter que cortar jogadores. "Às vezes, você chama 26 jogadores, ninguém é desconvocado, e você não consegue usar todos", declarou. "Aí tem o trabalho de fazer todos eles se sentirem parte", afirmou.
Os 24 jogadores chamados para os jogos contra Costa Rica e México se apresentaram ontem em San José. Por causa do deslocamento demorado até o país, o time só começa a treinar hoje à noite.

SEM REPETIÇÃO
O treinador acumula 16 partidas à frente da seleção e só conseguiu (ou só quis) repetir a escalação uma vez.
O time que foi eliminado pelo Paraguai na Copa América, após empate por 0 a 0 e vexame nos pênaltis, era exatamente o mesmo que havia batido o Equador por 4 a 2, poucos dias antes.
Na maioria das vezes, Mano não repetiu o time por lesões, suspensões ou opções táticas -como a entrada de Jadson na Copa América.
Em 2011, a seleção ainda vai jogar contra o Gabão, em Libreville, e há uma data aberta em novembro. A CBF nega que tenha acertado amistoso com o Egito, como a Fifa divulgou em seu site.


Texto Anterior: Lúcio Ribeiro: Distorcida organizada
Próximo Texto: Nem equipes de base escapam de desfalques
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.