São Paulo, sábado, 04 de novembro de 2006

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Fofão sai do banco e põe o Brasil na segunda fase

Em recuperação, levantadora comanda virada sobre a Holanda no Mundial

Seleção feminina teve ainda o desfalque de Fabiana, que era dúvida para o jogo desta madrugada, contra os EUA, pela liderança do grupo


Associated Press
Carol, que começou como levantadora titular, arma jogada


MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

A passagem de Fofão pelo banco de reservas durou pouco. Pouco mais de um jogo e meio, o tempo necessário para a seleção de vôlei precisar ser tirada do sufoco no Mundial do Japão.
Poupada anteontem, contra o Cazaquistão, por causa de dores na perna, ela cedeu vaga novamente a Carol na partida contra a Holanda. Mas só até o adversário endurecer o jogo.
Quando o placar já apontava 2 sets a 1, José Roberto Guimarães não teve dúvida. Com a perna protegida por bandagens, sem dores, mas ainda com os passos não muito firmes, a levantadora entrou em quadra. E comandou a virada.
O placar de 3 sets a 2 (25/18, 23/25, 23/25, 25/18 e 15/9), em Kobe, colocou a seleção na segunda fase da competição.
Nesta madrugada, a equipe faria seu jogo mais complicado, contra os EUA, pela primeira colocação do Grupo C. Amanhã, às 3h, as adversárias serão as frágeis camaronesas, no último duelo da primeira etapa.
"A Fofão foi bem. O grupo jogou mais com ela, as jogadoras estão mais acostumadas. Quando ela entrou, o passe melhorou e o time se estabilizou", disse Zé Roberto, que festejou a recuperação de sua mais experiente atleta e capitã do time.
"Foi uma vitória ver a Fofão entrar e não sentir dores. Todos estávamos ansiosos por isso. Ela estava preocupada."
Aos 36 anos, a levantadora disputa seu primeiro Mundial como titular. Recordista em títulos na seleção, ela busca, com um ouro inédito no Japão, coroar enfim sua carreira como a mais vitoriosa do país. Fofão já tem a medalha de bronze dos Jogos de Sydney-2000.
"O jogo foi muito equilibrado. O mais importante é que conseguimos reagir e impor nosso ritmo novamente", afirmou a levantadora.
Outro desfalque da equipe foi a meio-de-rede Fabiana, que vinha sendo um dos principais destaques do Brasil no torneio.
Apesar da ausência da gigante de 1,93 m, que sentiu dores abdominais, a seleção teve no bloqueio um de seus pontos fortes. Walewska, a outra titular, e Carol Gattaz, a substituta, anotaram juntas 14 pontos no fundamento. No total, a seleção barrou 21 ataques holandeses.
Graças à apresentação de ontem, Walewska lidera a lista de melhores bloqueadoras do Mundial (1,27 ponto por set).
A medalhista de bronze em Sydney-2000 também deixou a quadra como a principal pontuadora do jogo (20 pontos).
"Nós temos três jogadoras de meio de grande respeito. São jogadoras altas, com bom potencial de bloqueio, bom potencial de ataque, que tecnicamente sabem jogar. Nesse quesito estamos bem servidos", avaliou Zé Roberto.
A preocupação do treinador agora são as pequenas contusões que começaram a assolar o grupo. Fabiana e Fofão ainda poderão ser poupadas durante partidas futuras. "Como o campeonato é longo, é melhor não arriscar", concluiu ele.


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