São Paulo, quarta-feira, 04 de novembro de 2009 |
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TÊNIS De chorar
RÉGIS ANDAKU COLUNISTA DA FOLHA NÃO SE pode dizer que o fim da temporada feminina não tinha apelo. Tinha. O número um do ranking ainda estava aberto. O ano poderia terminar com a jovem russa Dinara Safina coroada ou com a veteraníssima americana Serena Williams novamente no topo. Se não atraía marmanjos pelas ausências de Ana Ivanovic e Maria Sharapova, havia um segundo pelotão expressivo, com Venus Wil- liams, Jelena Jankovic, Svetlana Kuznetsova, Elena Dementieva, além das "novidades" Caroline Wozniacki e Victoria Azarenka. Só que a WTA fez o favor de levar o evento final para Doha, no Qatar, uma cidade construída artificialmente e que ganha destaque cada vez maior no mundo dos negócios, mas que segue um deserto para os amantes do tênis. Resultado: sem tradição ou público para encher um ginásio, as melhores tenistas jogaram o Masters rodeadas de "vazio". Safina, dedicada e batalhadora, mas frágil, física e mentalmente, ainda não se impôs diante das rivais mais fortes. Era a número um, mas longe da melhor forma. Não terminou a estreia. Deixou "de graça" o topo para Serena e saiu chorando. Vera Zvonareva substituiu Safina para que o "show" não parasse e saiu machucada, chorando. A outra reserva, a polonesa Agnieszka Radwanska, também teve chance e também saiu machucada, chorando. Wozniacki, vice no Aberto dos EUA e uma das que mais evoluíram no ano, abandonou nas semifinais, não sem antes cair no choro. No torneio que deveria fechar com chave de ouro a temporada, o que mais se viu foram arquibancadas vazias e choros. Antes mesmo do fim, já se falava do Aberto da Austrália-2010, com Kim Clijsters e Justine Henin. Se tudo der errado, pelo menos os marmanjos vão se deliciar com Ivanovic e Sharapova. Com tenistas fracas e choronas, uma temporada sem emoção, o tênis feminino vive uma de suas piores fases. Daqui a pouco, tal como aquelas seleções sem tradição em esportes secundários, só terá público e atenção quando lançar calendário com tenistas em poses sensuais. COPA PETROBRAS Faltou espaço para tanta gente ver o título de Thomaz Bellucci na etapa brasileira, em São Paulo. FUTURE DE PORTO ALEGRE Com convite, Guilherme Clezar, 16, perdeu a final para Franco Skugor. FUTURE DE FORTALEZA Roxane Vaisemberg ganhou o segundo título seguido, depois de BH, ao bater Vivian Segnini na final. SIMPÓSIO DE TÊNIS Larri Passos, com o sonho de uma "escola brasileira de tênis", foi o ponto alto. O ex-técnico de Guga falou por quase 12 horas e, no fim, se ajoelhou e beijou o saibro. reandaku@uol.com.br Texto Anterior: Tênis: Roland Garros pode mudar de lugar Próximo Texto: Copa dos Campeões conhece 4 classificados Índice |
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