São Paulo, quarta-feira, 04 de dezembro de 2002

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FUTEBOL

Técnico Leão pede a jogadores que não reajam às provocações do Grêmio

Para ir à final, Santos até "mostra outra face" no Sul

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
RICARDO PERRONE
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS

Um time que apanha, mas não revida. É xingado, mas não se irrita. É assim que o técnico Emerson Leão espera que o Santos seja na partida de hoje, contra o Grêmio, para não deixar escapar a vaga na final do Campeonato Brasileiro.
Depois de vencer o primeiro confronto por 3 a 0, a equipe da Vila Belmiro só ficará fora da decisão se perder por pelo menos três gols de diferença, em Porto Alegre, a partir das 21h40. Chegar à final também representa voltar à Taça Libertadores -se perder hoje, precisará de uma vitória do Corinthians sobre o Fluminense para jogar o torneio, o qual não disputa desde 1984.
O temor dos santistas é perder o controle emocional com eventuais provocações e faltas violentas dos gaúchos. O nervosismo poderia provocar expulsões, o que tornaria um pouco menos complicada a tarefa gremista.
Para assegurar que seus jogadores entrem em campo tranquilos, a diretoria do clube montou uma operação de guerra, que teria sido elaborada com a ajuda do Internacional, maior rival do Grêmio.
No gramado, o clima de guerra é esperado principalmente por causa das declarações do goleiro Danrlei após a primeira partida, no domingo, na Vila Belmiro.
O gremista disse que o santista Robinho costuma se jogar no chão após driblar os adversários para tentar simular contusões e afirmou que alguém pode se irritar e "quebrar a perna" dele.
"Não responder às provocações é o que o Leão mais tem pedido para o time. Está todo mundo bem orientado", disse o lateral Leo, que retorna após suspensão.
Leão sugeriu que os atletas "mostrem a outra face", em caso de agressão. "O Diego fez isso no último jogo", afirmou, referindo-se ao fato de o atleta ter sido agredido numa confusão por Danrlei.
Pelo que já fez até agora na competição, ter sangue frio diante de provocações não será uma tarefa fácil para a equipe paulista.
Os santistas se envolveram numa das maiores confusões da competição, no jogo contra o Paysandu, que acabou com o zagueiro Preto agredido pela PM e com Leão recebendo de um policial um jato de spray nos olhos.
Na mesma partida, Diego acertou um "coice" em Sandro e foi expulso. O jogador, que já recebeu cinco cartões amarelos, além desse vermelho, também provocou tumulto ao festejar seu gol em cima do distintivo do São Paulo, no Morumbi, na primeira fase.
O diretor de futebol do Santos Francisco Lopes revelou que o clube escolheu ficar "em uma área retirada" no município de Canoas, na Grande Porto Alegre.
Segundo ele, a medida foi sugerida por diretores do Inter, interessados em colaborar para evitar um triunfo do inimigo. Nesse local, os santistas estariam supostamente resguardados de eventuais salvas de fogos de artifício na madrugada. Além disso, o Inter cederá seguranças para a delegação.


NA TV - Sportv, Record (menos para RJ), e Globo (só para SP), ao vivo, às 21h40


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