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FUTEBOL
Técnico Leão pede a jogadores que não reajam às provocações do Grêmio
Para ir à final, Santos até "mostra outra face" no Sul
FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
RICARDO PERRONE
ENVIADO ESPECIAL A SANTOS
Um time que apanha, mas não
revida. É xingado, mas não se irrita. É assim que o técnico Emerson
Leão espera que o Santos seja na
partida de hoje, contra o Grêmio,
para não deixar escapar a vaga na
final do Campeonato Brasileiro.
Depois de vencer o primeiro
confronto por 3 a 0, a equipe da
Vila Belmiro só ficará fora da decisão se perder por pelo menos
três gols de diferença, em Porto
Alegre, a partir das 21h40. Chegar
à final também representa voltar à
Taça Libertadores -se perder
hoje, precisará de uma vitória do
Corinthians sobre o Fluminense
para jogar o torneio, o qual não
disputa desde 1984.
O temor dos santistas é perder o
controle emocional com eventuais provocações e faltas violentas dos gaúchos. O nervosismo
poderia provocar expulsões, o
que tornaria um pouco menos
complicada a tarefa gremista.
Para assegurar que seus jogadores entrem em campo tranquilos,
a diretoria do clube montou uma
operação de guerra, que teria sido
elaborada com a ajuda do Internacional, maior rival do Grêmio.
No gramado, o clima de guerra
é esperado principalmente por
causa das declarações do goleiro
Danrlei após a primeira partida,
no domingo, na Vila Belmiro.
O gremista disse que o santista
Robinho costuma se jogar no
chão após driblar os adversários
para tentar simular contusões e
afirmou que alguém pode se irritar e "quebrar a perna" dele.
"Não responder às provocações
é o que o Leão mais tem pedido
para o time. Está todo mundo
bem orientado", disse o lateral
Leo, que retorna após suspensão.
Leão sugeriu que os atletas
"mostrem a outra face", em caso
de agressão. "O Diego fez isso no
último jogo", afirmou, referindo-se ao fato de o atleta ter sido agredido numa confusão por Danrlei.
Pelo que já fez até agora na competição, ter sangue frio diante de
provocações não será uma tarefa
fácil para a equipe paulista.
Os santistas se envolveram numa das maiores confusões da
competição, no jogo contra o Paysandu, que acabou com o zagueiro Preto agredido pela PM e com
Leão recebendo de um policial
um jato de spray nos olhos.
Na mesma partida, Diego acertou um "coice" em Sandro e foi
expulso. O jogador, que já recebeu cinco cartões amarelos, além
desse vermelho, também provocou tumulto ao festejar seu gol em
cima do distintivo do São Paulo,
no Morumbi, na primeira fase.
O diretor de futebol do Santos
Francisco Lopes revelou que o
clube escolheu ficar "em uma área
retirada" no município de Canoas, na Grande Porto Alegre.
Segundo ele, a medida foi sugerida por diretores do Inter, interessados em colaborar para evitar
um triunfo do inimigo. Nesse local, os santistas estariam supostamente resguardados de eventuais
salvas de fogos de artifício na madrugada. Além disso, o Inter cederá seguranças para a delegação.
NA TV - Sportv, Record
(menos para RJ), e Globo (só
para SP), ao vivo, às 21h40
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