São Paulo, segunda-feira, 04 de dezembro de 2006

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Safin renasce e dá Davis para Rússia

Após viver ano sofrível, ex-número um do mundo vence duelo decisivo em casa contra argentino

DA REPORTAGEM LOCAL

O ano era dos piores na carreira de Marat Safin. Ex-número um do mundo, o russo sofreu para se recuperar de contusão, rompeu com seu técnico, jogou mal e chegou a ficar fora do grupo dos cem melhores tenistas.
Ontem, contudo, relembrou seus melhores dias e saiu como herói do bicampeonato obtido pela Rússia na Copa Davis.
Em Moscou, Safin bateu o argentino José Acasuso por 3 sets a 1 (parciais de 6/3, 3/6, 6/3 e 7/6) na quinta e derradeira etapa do confronto. É a primeira vez que o país festeja um título do evento em casa.
"Não podíamos perder essa chance", resumiu o atleta, que hoje ocupa o posto de número 26 no ranking -galgou 78 posições em três meses.
Com o apoio de um empolgado Maradona nas arquibancadas -o ex-craque viajou para acompanhar as partidas in loco, a exemplo do que fizera com a seleção de futebol na Copa da Alemanha-, os visitantes iniciaram o dia com um triunfo.
Também por 3 sets a 1, David Nalbandián passou por Nicolay Davydenko e empurrou a decisão para o último embate.
Acasuso, que substituiu Juan Ignacio Chela, conseguiu manter o duelo equilibrado. No final, porém, fraquejou. "Eu sentia dores nos calcanhares e estava com as pernas mortas. Provavelmente não agüentaria se precisasse jogar o quinto set", afirmou o argentino, muito abatido após o revés.
A festa nas arquibancadas, coroada com a presença do ex-presidente Boris Yeltsin, marcou também a manutenção de um tabu. A Rússia não perde um duelo da Copa Davis em seus domínios desde 1995.
Já os argentinos amargam pela segunda vez um vice no principal torneio entre países do tênis. Em 1981, Guillermo Vilas e José Luis Clerc caíram na decisão diante do forte selecionado norte-americano encabeçado por John McEnroe e Roscoe Tanner.


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