São Paulo, segunda-feira, 04 de dezembro de 2006

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Público do Brasileiro-06 cai, de A a C

Três divisões do Nacional contrariam cenário animador e encerram ano com queda na média de ingressos vendidos

Nas duas principais séries, aumento no preço das entradas compensou as arquibancadas com menos gente nos estádios

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Foi uma disputa intensa nas três divisões pelo recorde de público em uma partida. Mas em 2006, com preços mais altos nas duas principais séries, o Brasileiro viu o número de torcedores cair da A até a C.
Nas três séries a média foi menor do que no ano passado. E isso com um cenário que parecia animador. A primeira divisão foi enxuta, com apenas 20 times, número tido como o ideal pela CBF. A Série B foi turbinada pela presença do Atlético-MG, um eterno campeão de popularidade. Na terceira divisão, a presença de Bahia e Vitória não evitou a derrocada nas bilheterias.
O tombo mais feio aconteceu no campeonato da elite. Mesmo sem contar a rodada final, que teve quase todos os estádios com pouca gente, a média, segundo dados da CBF, foi 11% menor que a da temporada passada e ficou abaixo dos 12,5 mil torcedores por partida.
A situação só não ficou pior porque um dos campeões de público, o Internacional, teve casa cheia impulsionado por seus sócios, que não pagam ingresso para assistir aos jogos do time no Beira-Rio.
Na Série B, a queda de público ficou em 2%. Na terceira divisão, foi de 6%.
Os estádios ficaram mais vazios, mas não o cofre.
No torneio da elite, o preço médio das entradas ficou em R$ 11,4, um salto de 23% em relação ao ano passado.
Isso supera, em muito, a variação dos principais índices de inflação -todos devem ficar abaixo dos 6% em 2006.
Dessa forma, a arrecadação média ficou em R$ 141 mil, ou R$ 13 mil a mais do que aconteceu no ano passado.
Na segunda divisão, cada partida faturou, em média, R$ 5 mil a mais do que em 2005. Como o campeonato passou a ser disputado em dois turnos com pontos corridos, o faturamento total foi quase R$ 9 milhões superior ao da edição passada.
Sorte de órgãos como o INSS, que fica com uma fatia da bilheteria de todas as partidas profissionais disputadas no país.
Se as duas principais divisões compensaram o público menor com um aumento no valor dos ingressos, na turbinada Série C nem isso aconteceu. O valor médio dos ingressos caiu quase 30%, e ficou perto de minguados R$ 5. A competição teve quatro jogos em que nem 50 ingressos foram vendidos.


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