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Atlético-MG quer dar taça ao São Paulo
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
"O São Paulo não precisa
mandar nenhum dinheiro.
Se mandar, vai ser à toa. Vamos lá para estragar a festa
do Grêmio." É dessa forma
que Alexandre Kalil, presidente recém-empossado do
Atlético-MG, encara a participação de seu clube na última rodada do Brasileiro.
"Talvez o Muricy Ramalho
tenha razão mesmo. O Grêmio já jogou, ganhou do Atlético e já é campeão. Nós vamos tentar estragar a festa",
afirmou o cartola, citando o
técnico são-paulino, que anteontem ironizou a pressão
dos gaúchos sobre seu time.
Adversário dos gremistas
no domingo, o Atlético-MG
já não tem aspirações na
competição. Mas, segundo
Kalil, seria ótimo se o time
mineiro fosse peça decisiva
para o destino do troféu.
"Vou torcer muito para
que o São Paulo seja campeão, mas com derrota. Quero que o São Paulo perca,
mas que o Grêmio perca
também", afirmou à Folha o
presidente atleticano, que
conta ter um "ótimo relacionamento" com a diretoria
são-paulina, sobretudo com
Juvenal Juvêncio, e apenas
conhecer o presidente do
Grêmio, Paulo Odone.
No cargo de principal dirigente atleticano há 33 dias,
Kalil afirma que, para seu time, a exposição proporcionada pela chance de participar da decisão do Nacional
-ainda que como coadjuvante- já é o suficiente para
motivar seus atletas.
Mesmo com o Atlético-MG tendo dívidas que beiram os R$ 200 milhões, Kalil
diz não permitir que seus jogadores aceitem receber a
chamada mala branca. "Eu
avisei a eles que queria ser
informado se algum contato
acontecesse. Até agora, não
me falaram nada."
Apesar de se dizer amigo
de Celso Roth, que já trabalhou no Atlético-MG, o cartola afirmou que será prazeroso evitar que o técnico gremista seja campeão. "É uma
pena que seja contra o Celso,
mas será um prazer vencer o
jogo e lhe tirar o título."
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