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Pressão, mala de R$ 1 mi e queixas ditam duelistas
Pelo Nacional, gremistas criam factóide para mudar jogo do
São Paulo, reclamam de juiz e oferecem dinheiro ao Goiás
Diretoria do Morumbi, que
também agiu nos bastidores
nos últimos dias, diz que
rival quer desestabilizar seu
time com táticas antigas
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A diretoria do Grêmio recorreu à pressão extracampo na
disputa com o São Paulo pelo
Brasileiro. Ataca o local do jogo
dos paulistas e põe a arbitragem em xeque. Seus torcedores
articulam dinheiro ao Goiás.
Já a diretoria são-paulina,
que tentou interferir nas decisões sobre seu jogo, disse condenar as atitudes dos adversários. Afirmou que querem desestabilizar o time paulista.
O São Paulo precisa de um
empate com o Goiás para ser
campeão brasileiro. Já o Grêmio tem que vencer o Atlético-MG e ver derrota do líder.
Por isso, com o conhecimento da diretoria do clube, gremistas ricos já articularam o dinheiro a ser dado ao jogadores
do Goiás em caso de vitória. A
Folha apurou que o valor pode
chegar até a R$ 1 milhão.
"Se houver torcedores querendo dar, não podemos fazer
nada. Mas não tenho informação disso", disse o diretor de futebol André Krieger, negando
uso de dinheiro do clube.
Ontem, a diretoria do Grêmio ameaçou e desistiu de ação
na Justiça Desportiva para tirar
o jogo do São Paulo do Bezerrão, em Brasília, pois o rival terá maioria de torcedores. Foi
um factóide, como admitiu um
cartola gremista, já que sabiam
ter poucas chances de sucesso.
Foi a CBF quem marcou o jogo no Bezerrão. Os regulamentos do Brasileiro e geral das
competições permitem essa
atitude, em situações excepcionais. A confederação foi além
ao escolher estádio fora de
Goiás, Estado do mandante.
Sem se identificar, diretor do
Grêmio reclama da escalação
de Wagner Tardelli para apitar
o jogo do São Paulo. Disse que
ele já prejudicou seu time.
"O Grêmio sempre agita.
Usam práticas do futebol da década de 50. Nós entendemos
que o futebol é disputado nas
quatro linhas", rebateu o diretor de futebol são-paulino,
João Paulo de Jesus Lopes.
A diretoria do São Paulo também costuma reclamar de árbitro. Desta vez, nada falou.
Na semana passada, negociou com dirigentes do Goiás
para definir o local do jogo.
Também pressionou a confederação a baixar o ingresso.
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