São Paulo, quinta-feira, 04 de dezembro de 2008

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Pressão, mala de R$ 1 mi e queixas ditam duelistas

Pelo Nacional, gremistas criam factóide para mudar jogo do São Paulo, reclamam de juiz e oferecem dinheiro ao Goiás

Diretoria do Morumbi, que também agiu nos bastidores nos últimos dias, diz que rival quer desestabilizar seu time com táticas antigas


RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

A diretoria do Grêmio recorreu à pressão extracampo na disputa com o São Paulo pelo Brasileiro. Ataca o local do jogo dos paulistas e põe a arbitragem em xeque. Seus torcedores articulam dinheiro ao Goiás.
Já a diretoria são-paulina, que tentou interferir nas decisões sobre seu jogo, disse condenar as atitudes dos adversários. Afirmou que querem desestabilizar o time paulista.
O São Paulo precisa de um empate com o Goiás para ser campeão brasileiro. Já o Grêmio tem que vencer o Atlético-MG e ver derrota do líder.
Por isso, com o conhecimento da diretoria do clube, gremistas ricos já articularam o dinheiro a ser dado ao jogadores do Goiás em caso de vitória. A Folha apurou que o valor pode chegar até a R$ 1 milhão.
"Se houver torcedores querendo dar, não podemos fazer nada. Mas não tenho informação disso", disse o diretor de futebol André Krieger, negando uso de dinheiro do clube.
Ontem, a diretoria do Grêmio ameaçou e desistiu de ação na Justiça Desportiva para tirar o jogo do São Paulo do Bezerrão, em Brasília, pois o rival terá maioria de torcedores. Foi um factóide, como admitiu um cartola gremista, já que sabiam ter poucas chances de sucesso.
Foi a CBF quem marcou o jogo no Bezerrão. Os regulamentos do Brasileiro e geral das competições permitem essa atitude, em situações excepcionais. A confederação foi além ao escolher estádio fora de Goiás, Estado do mandante.
Sem se identificar, diretor do Grêmio reclama da escalação de Wagner Tardelli para apitar o jogo do São Paulo. Disse que ele já prejudicou seu time.
"O Grêmio sempre agita. Usam práticas do futebol da década de 50. Nós entendemos que o futebol é disputado nas quatro linhas", rebateu o diretor de futebol são-paulino, João Paulo de Jesus Lopes.
A diretoria do São Paulo também costuma reclamar de árbitro. Desta vez, nada falou.
Na semana passada, negociou com dirigentes do Goiás para definir o local do jogo. Também pressionou a confederação a baixar o ingresso.


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