São Paulo, quinta-feira, 05 de janeiro de 2006 |
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Piscina furada escancara novo buraco do Pan no Rio
Infiltrações obrigam empresa a refazer tanque de saltos ornamentais do Júlio Delamare, apontado como alternativa caso projetos de autódromo não fiquem prontos para evento SÉRGIO RANGEL DA SUCURSAL DO RIO A inauguração do Parque Aquático Júlio Delamare foi adiada por três meses por uso de material inadequado. A piscina de saltos teve que ser construída novamente após apresentar infiltrações no mês passado durante os testes. O parque seria a primeira arena do Complexo do Maracanã pronta para o Pan de 2007. Com o erro, o projeto, orçado inicialmente em R$ 4,5 milhões, vai encarecer. Ontem, os administradores do complexo e a empresa responsável pela obra negociavam o acréscimo na conta. Todas as arenas do Maracanã são administradas pelo governo do Rio. Antes de entrar na reunião, o secretário estadual de Esportes, Francisco Carvalho, disse que o custo adicional será bancado pela Odebrecht, uma das empresas do consórcio responsável pelas obras, que não informou o valor. De acordo com a assessoria da empresa, as rachaduras na piscina foram provocadas pelo impermeabilizante, incompatível com a massa utilizada. Fechado desde o início do ano passado, o parque aquático reabrirá apenas em abril. A liberação da área já foi adiada outras vezes -dezembro de 2005 e janeiro. O Júlio Delamare é uma das principais arenas do esporte no país, com uma piscina olímpica e outra de saltos ornamentais para eventos internacionais. No Pan, a piscina de salto será usada para os treinos dos atletas, de acordo com Coaracy Nunes, presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos. Mas pode ganhar status maior. Com a demora para o início das obras do parque aquático dentro do Complexo do Autódromo, as provas de salto podem ser transferidas para o Júlio Delamare. Até agora, a piscina olímpica será a única do complexo do Maracanã utilizada para provas oficiais do Pan. Receberá o polo aquático. Em agosto, o Júlio Delamare será sede do Mundial juvenil de natação. A competição está confirmada no local, segundo a CBDA. O erro do projeto da piscina não foi o único a atrasar obras para o Pan. O estádio João Havelange, em construção pela prefeitura, também teve falha, que encareceu a obra em R$ 21 milhões. A pista de atletismo teria oito raias (praxe no esporte). Depois da inspeção da federação internacional, a prefeitura decidiu incluir uma nona raia que deixaria a pista semelhante à dos Jogos de Atenas. O custo inicial do projeto era R$ 160 milhões. Atualmente, está em R$ 224 milhões. Com a inclusão da raia, o anel, a altura e a angulação das arquibancadas tiveram que ser modificadas. A reforma de todas as arenas do complexo do Maracanã para o Pan estão atrasadas. Além do parque aquático, o ginásio e o estádio receberão competições em 2007. Arena para o vôlei, o Maracanãzinho é o que está mais fora do cronograma. Desde setembro, as obras foram interrompidas. De acordo com os administradores do complexo, o ginásio deveria ficar pronto em abril. Mas, segundo Carvalho, ele passa por testes de cargas e deve ser terminado até dezembro, quando acaba o mandato da governadora Rosinha Matheus (PMDB). O atraso nas obras do Maracanãzinho impediu o Rio de receber jogos do Mundial feminino de basquete, em setembro. Já o Maracanã só estará pronto em dezembro. Neste mês, o estádio será reaberto parcialmente. Só as arquibancadas deverão estar liberadas na primeira partida do Estadual realizada no estádio. Texto Anterior: Painel Próximo Texto: Prefeitura quer fechar licitações de obra atrasada Índice |
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