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MOTOR
Problemas
JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
Rubens Barrichello vive o dia
mais importante de sua carreira
nesta segunda-feira, em Maranello. Nesse dia, será apresentado
como piloto Ferrari, iguaria para
poucos na história.
Pilotos a escuderia italiana teve
muitos, várias aberrações até.
Poucos, porém, aproveitaram a
chance e entraram para a história
como verdadeiros pilotos Ferrari.
Barrichello sabe o que isso significa e tentará de tudo para não ser
mais um.
E tentar, no caso, significa fugir
da sombra de um bicampeão
mundial, considerado o melhor
piloto da atualidade, e ainda
mostrar serviço para torcida e mídia de dois países, que lhe cobrarão resultados de forma excessiva
-cada um a seu modo.
Se o carro é bom ou não, se vai
manter as qualidades do modelo
99 e corrigir seus defeitos, tudo isso pouco interessa para o público.
Para torcedor, sentar em uma
Ferrari é resolver o problema. É
um pensamento comum, lógico.
Imagine-se em condições de torrar US$ 300 mil em um carro para
dar voltas no quarteirão. Seria difícil convencer alguém de que você
tem algum problema insolúvel.
Barrichello vai ganhar (e bem
mais que US$ 300 mil) para andar
no carro vermelho. Mas terá que
rebolar para convencer qualquer
um de que tem problemas.
E, como já foi dito na semana
passada, eles existem, são complexos, mas nem de longe são insolúveis.
E dizem que os problemas da
Ferrari não são muitos. Mas que
também não são nada desprezíveis. Algo que não pode ser dimensionado por apenas duas semanas de atraso.
E o primeiro teste do MP4/15,
anteontem, também não foi uma
maravilha. Hakkinen ficou a pé
antes mesmo de mostrar do que o
novo carro é capaz.
Mais importante, porém, foi a
Mercedes confirmar no lançamento (espartano, diga-se de passagem, seguindo a receita de
Frank Williams) que é a dona da
McLaren, com 40% das ações da
escuderia, como já se sabia.
Nada que possa afetar o afinado
comando do time, repartido entre
Dennis e Haug de forma um tanto
obscura, mas eficiente, como
acontecia com Head, Williams e
Dudot, nos bons tempos da associação Williams-Renault.
Reza a lenda que a Mercedes é
dona da McLaren desde que Roger Penske, numa sexta-feira fria
de GP, foi visto deixando um autódromo europeu, quase incógnito, semanas antes do final da temporada de 1994.
O chefão da Indy teria sido o
responsável por juntar os interessados, Dennis, Ojjeh, alguém da
Mercedes e Mario Illen, da Ilmor,
além do pessoal da Philip Morris,
anunciante, à época, tanto da
Penske como da McLaren.
A idéia inicial, segundo se conta, era todos serem sócios de todos,
mas a coisa pegou não se sabe
aonde. Mas foi nesse momento
que surgiu a associação entre a
montadora alemã e a escuderia
inglesa, que a partir da temporada de 1998 viria a dominar a F-1.
Assim como a divisão das ações,
que agora se tornou pública.
NOTAS
Indy
O SBT chegou ontem a um
acordo com os promotores da
categoria e manterá por mais
um ano os direitos de transmissão das corridas. O esquema será o mesmo do ano passado, com as provas passando
em VT, a partir das 23h dos domingos. A Rio 200, em 30 de
abril, deverá ser transmitida ao
vivo. Emerson continua tentando fechar acordo com algum canal a cabo para a transmissão ao vivo, como já fez
com a Sportv em 1999.
GP Brasil
Os organizadores da corrida
que terá Barrichello e sua Ferrari como grandes atrações já
estão tirando o pé na divulgação. A procura por ingressos
para a prova é tão forte que
parte das peças de publicidade
programadas para promover o
evento estão sendo simplesmente canceladas. A previsão
dos organizadores é que os ingressos para o GP estejam esgotados dentro de dez dias.
E-mail mariante@uol.com.br
José Henrique Mariante escreve aos sábados
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