São Paulo, sexta-feira, 05 de fevereiro de 2010

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Fora de campo, só a venda de capas foi bem

DA REPORTAGEM LOCAL

Tão inconstante quanto o futebol do Palmeiras neste Paulista foi a tarde de ontem no Parque Antarctica -sujeito às chuvas, raios, trovoadas e, quando ninguém mais esperava, um pouco de sol.
Uma hora antes da partida contra a Portuguesa começar, o tempo já sugeria mais um fim de tarde sombrio na região oeste da cidade, onde se localiza o estádio.
A chuva, fraca, no começo, só favorecia aos camelôs que vendiam capas. "O problema é que tem muito [camelô] vendendo a mesma coisa", queixava-se uma senhora com sete capas na mão.
Com a proximidade do pontapé inicial, a chuva ganhou a companhia de uma forte ventania, que chegou a afastar alguns torcedores. "Com esse time, não vou pegar essa p... de chuva", esbravejou um jovem saindo correndo da fila da bilheteria.
Mais do que o horário vespertino, era o tempo o grande vilão fora de campo. No espaço Visa, descoberto, funcionário afirmava que eram esperadas 900 pessoas, incluindo convidados. Com a partida prestes a começar, contavam-se apenas algumas dezenas no setor.
Enquanto o Palmeiras não se encontrava no gramado, a chuva, já forte, causava vários problemas: a queda de energia tirou do ar o placar eletrônico, o Hino Nacional, obrigatório, ficou pelo caminho e a piscina, visível das arquibancadas, atraía mais gente do que a torcida rival.
No entorno do estádio, a falta de energia deixou apagado vários semáforos da rua Turiassu. Na esquina com a rua Caraíbas, a água já avançava em toda a calçada, deixando quase ilhadas as pessoas dentro do bar.
A única coisa que funcionava bem até a esquina com a av. Pompeia era o shopping Bourbon, para a agradável surpresa do sr. Joaquim, dono da banca em frente. "Essa chuva tá fraca. Ruim foi na semana passada."
Com o começo da segunda etapa, o céu começou a clarear, a chuva, a diminuir, e o Palmeiras, a melhorar. Dois cadeirantes, ainda no portão principal, ouviam a torcida comemorar o gol de empate no momento em que desistiam de entrar. "O elevador que dá acesso aos cadeirantes não está funcionando", dizia William Prudêncio, 32.
Questionado sobre o trânsito para chegar ao estádio, disse chegou sem problemas. "Foi um dia esquisito", disse outro cadeirante. (GC, RC E SM)


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