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Bad boy e 3º maior
da história do sumô, mongol se aposenta
DA REPORTAGEM LOCAL
Terceiro maior vencedor
da história do sumô, o mongol Asashoryu, 29, anunciou
ontem sua aposentadoria
após mais um escândalo.
"Causei muitos problemas", afirmou o lutador de
150 kg, que chorou ao falar
sobre fim de sua carreira.
Ele é acusado de, bêbado,
ter quebrado o nariz de um
homem em uma briga na
noite de 16 de janeiro.
A Associação Japonesa de
Sumô, que empossou uma
nova direção nesta semana,
anunciou investigação e punição se fosse comprovada a
culpa de Asashoryu.
Num esporte que se entremeia com o folclore do Japão
(livros relatam que a posse
do arquipélago foi decidida
numa luta entre dois deuses), ligado à honra dos samurais e que leva os campeões à condição de quase
divindade, o sumô vive crise.
Nos últimos tempos, houve a morte de lutador jovem,
em um trote, e episódios de
drogas entre os atletas.
Neste cenário, o "bad boy"
Asashoryu era criticado por
não demonstrar "hinkaku"
(dignidade) dos campeões.
Em 2003, ele foi desclassificado por ter puxado o cabelo de um adversário em pleno dohyo (área de luta). Os
lutadores usam penteados
especiais, e o dohyo é purificado antes de cada combate
com sal jogado pelos atletas.
Quatro anos depois, Asashoryu foi suspenso de dois
torneios por ter sido flagrado jogando futebol na Mongólia, após ter sido dispensado de torneios beneficentes
alegando contusão.
O mongol, cujo nome é
Dolgorsuren Dagvadorj, foi
batizado de Asashoryu (dragão azul da manhã) no sumô
e encerra a carreira com 25
Copas do Imperador (a última conquistada no mês passado), só atrás de outros dois
lutadores (32 e 31 triunfos).
Com a aposentadoria de
Asashoryu, o único yokozuna (graduação máxima do
sumô) em ação é o também
mongol Hakuho, 24.
"É triste para os fãs que ele
se aposente nessas condições. Estou desapontado",
disse o primeiro-ministro japonês, Yukio Hatoyama.
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