DA REPORTAGEM LOCAL

Cada vez mais difícil de ser batido, Gustavo Kuerten ainda encontrou no Torneio de Acapulco a chave mais fácil dos 12 títulos que conquistou na carreira.
Nas cinco partidas que realizou no balneário mexicano, ele não teve pela frente nenhum adversário com um ranking de entradas de apenas dois dígitos.
O rival mais forte que enfrentou foi o compatriota Fernando Meligeni, que começou a competição em Acapulco no 100º posto na lista que contabiliza os resultados das últimas 52 semanas.
Na semifinal, anteontem, Kuerten passou pelo argentino Guillermo Cañas, que ocupa um modesto 207º lugar no ranking de entradas elaborado pela ATP.
Em Acapulco, o brasileiro enfrentou dois tenistas que só disputaram o torneio por convite, Galo Blanco e Meligeni, um que precisou disputar o qualificatório, Cañas, um que só jogou pela contusão de última hora de um inscrito, Alexandre Simoni, e outro que não venceu nenhuma vez em 2001 -o espanhol Felix Mantilla.
No México, seus adversários tinham um ranking médio que não passava do 131º lugar, colocação em que um tenista não consegue uma vaga em um Grand Slam, que tem uma chave individual de 128 jogadores.
Mesmo em torneios similares, a realidade vivida por Kuerten em Acapulco, competição que reuniu poucas estrelas e teve a maioria de seus cabeças-de-chave eliminada precocemente, foge totalmente dos padrões do tênis atual, que tem torneios cada vez mais equilibrados e disputados.
No Torneio de Indianápolis, que tem exatamente o mesmo valor que a competição de Acapulco, o ranking médio dos adversário do título de Kuerten no ano passado era o 80º posto.
Na semifinal, o brasileiro precisou bater o australiano Lleyton Hewitt, nono colocado do ranking de entradas na época. Na decisão, quando conquistou seu primeiro título em quadras rápidas, venceu o russo Marat Safin, que era o sétimo no sistema de classificação na oportunidade. (PC)



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