São Paulo, quinta-feira, 05 de março de 2009

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Comitê dos EUA realiza cortes no orçamento

Crise afeta poderoso órgão, que não usa verba pública

DA REPORTAGEM LOCAL

O mais poderoso comitê olímpico do mundo, que sempre teve como uma de suas principais bandeiras a isenção de financiamento do governo para qualquer atividade ou projeto que desenvolva, agora paga o preço dessa independência.
O Usoc (Comitê Olímpico dos EUA) anunciou nesta semana, durante reunião da entidade em Washington, que devido a reflexos da crise econômica mundial no mercado de marketing esportivo haverá um corte de até 15% na força de trabalho da entidade.
Isso inclui demissão de funcionários e medidas de redução de gastos administrativos, como viagens executivas.
A decisão de corte foi anunciada pelo diretor-executivo do Usoc, Jim Scherr, que afirmou ter sido aprovada redução de US$ 7,1 milhões no orçamento para esta temporada.
Dos US$ 142,6 milhões estimados inicialmente, o órgão contará com US$ 135,5 milhões para investir nos seus atletas.
"Muitas empresas foram afetadas pelo momento econômico. Elas tiveram de fazer escolhas difíceis, e nós não estamos imunes a isso", declarou Scherr, ao explicar a contenção.
A declaração do dirigente é ancorada por perdas recentes de patrocínios significativos.
Embora tenha 17 contratos assinados até pelo menos a Olimpíada de 2012, empresas que mantinham parceria há décadas, como a Kodak, cortaram os laços com o comitê.
A General Motors, afetada pela queda na venda de veículos nos Estados Unidos a um nível que não era registrado desde a Segunda Guerra Mundial, foi outra que desfez a parceria.
Apenas com a saída da montadora, o Usoc deixa de receber US$ 7,5 milhões por ano.
Operando com três centros de treinamento, o comitê norte-americano tem a principal base em Colorado Springs, onde trabalha a maior parte dos seus 425 funcionários.
O centro é o único, por exemplo, que tem um departamento de ciência do esporte.
Scherr já confirmou que as demissões atingirão principalmente a base de Colorado Springs, mas disse que somente em quatro semanas os cortes serão levados a público.


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