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FUTEBOL
Dirigente, que fez negociações suspeitas de irregularidade, pede licença até fim de sua gestão na presidência
Pacheco pede "licença vitalícia' na Lusa
da Reportagem Local
Manuel Pacheco pediu licença
do cargo de presidente da Lusa,
anteontem, até o final de seu mandato, em 31 de dezembro deste
ano, devido à constatação de irregularidades em transações de jogadores realizadas em sua gestão.
Pacheco, que cumpre o segundo
mandato à frente do clube, encontrava-se de licença do cargo desde
15 de janeiro, quando o COF
(Conselho de Orientação e Fiscalização) da Lusa nomeou comissão
para investigar irregularidades na
venda de dois atletas: o lateral Zé
Roberto e o meia Rodrigo.
Os dois jogadores foram negociados com o Real Madrid, da Espanha, e atuam no Flamengo.
Conforme documentos publicados pela Folha, Zé Roberto não foi
transferido para o Real Madrid,
mas para o Central Español, do
Uruguai, que, no mesmo dia, pagou US$ 4,6 milhões para a Lusa e
recebeu US$ 9,98 milhões do Real.
Rodrigo foi vendido por US$ 8
milhões mais um repasse de crédito em jogadores do Flamengo de
US$ 3 milhões, quando o mínimo
estipulado pelo conselho para a
venda era US$ 11,25 milhões.
Todas as negociações que ultrapassem R$ 3,6 milhões -20% do
orçamento anual do clube- têm
de ser autorizadas pelo COF.
Pacheco negociou os dois atletas
sem autorização do órgão.
Dois ex-presidentes do clube,
Joaquim Alves Heleno e Raul Rodrigues, além de Alberto de Carvalho, membro do COF, que integraram a comissão de investigação do
caso, concluíram que o dirigente
desrespeitou os estatutos.
"Até ele próprio admitiu que havia desrespeitado", afirma o presidente do conselho, Antônio de Almeida e Silva.
Pacheco, que participava da reunião, optou pela licença para não
sofrer as penalidades decorrentes,
que poderiam ir de advertência a
cassação.
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