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Em jogo emocionante, equipe de Zetti cede empate para Palmeiras no último minuto, mas se classifica nos pênaltis
Torcida grita "justiça" por feito do Paulista
PAULO GALDIERI
TONI ASSIS
ENVIADOS ESPECIAIS A ARARAS
Em um jogo emocionante, o
Paulista, que tinha deixado a vitória escapar no último instante, bateu o Palmeiras, nos pênaltis, e
chegou pela primeira vez na história à decisão do Estadual.
A classificação foi muito comemorada por seus jogadores, que
se dirigiram aos alambrados, onde os torcedores de Jundiaí gritavam ""justiça, justiça".
A torcida reclamava da não-expulsão de Marcos, depois de confusão generalizada já nos acréscimos da etapa final, e de a cobrança de falta de Pedrinho, responsável pelo empate no tempo regulamentar, ter sido depois dos
49min, quando o árbitro determinara 4 minutos de descontos.
O Paulista já reclamara de ter sido prejudicado pela perda do
mando de campo em julgamento
do TJD da Federação Paulista -o
que levou o jogo para Araras.
Tido como favorito para chegar
à final, o Palmeiras teve dificuldades desde o início. Logo aos 8min,
sofreu o primeiro gol, numa falha
de Marcos. Galego cobrou falta, a
bola bateu no chão e enganou o
goleiro, que reconheceu o erro.
Oito minutos depois, o Paulista
chegava aos 2 a 0. João Paulo
aproveitou cruzamento da direita
e, de cabeça, marcou o gol, pegando Marcos no contrapé.
O Palmeiras quase sofreu o terceiro gol do rival, mas, pouco a
pouco, começou a dominar a partida. Lançou-se ao ataque e criou
pelo menos três boas chances para marcar na etapa inicial.
Numa delas, aos 41min, Vágner
descontou, fazendo um lindo gol.
Recebeu cruzamento na área e, de
primeira, bateu forte, sem chances de defesa para Márcio. Alvo de
polêmica durante a semana, pois
foi visto duas vezes em casas noturnas durante a madrugada,
Vágner desabafou: ""Não tenho
que provar nada a ninguém, devia
esse gol para mim mesmo".
No minuto seguinte, o colombiano Muñoz poderia ter marcado, mas Márcio fez ótima defesa.
Na fase final, o Palmeiras entrou
decidido a virar, mas foi surpreendido aos 15min, quando
Correa fez falta dura em Canindé
e, por já ter amarelo, foi expulso.
Com um a mais, o Paulista chegou ao terceiro gol. Num contra-ataque, aos 33min, Canindé invadiu a área e chutou. A bola tocou
em Lúcio e sobrou para Davi marcar, dando a impressão para os
torcedores que a partida estava
decidida. Eufóricos com os 3 a 1,
os do Paulista começaram a gritar
""eliminados" para os rivais, que
passaram a deixar o estádio.
Mas, aos 39min, Márcio derrubou Muñoz na área, e Élson, que
entrara em lugar de Diego Souza,
marcou de pênalti no minuto seguinte, diminuindo para 3 a 2.
A partir daí, o jogo ficou dramático. O Palmeiras tentava a todo
custo o empate, enquanto o Paulista segurava o jogo.
Irritado com cera de Fábio Melo, meia que substituíra o atacante
João Paulo, Marcos saiu do gol e
partiu em sua direção. Teve início
um tumulto, e o juiz expulsou
Magrão, que chegou a peitar o
meia do Paulista, e Davi, deixando o Palmeiras com nove em
campo e o rival, com dez.
Quando faltavam menos de 20
segundos para o fim do jogo, o árbitro marcou falta. Pedrinho cobrou com perfeição, no ângulo esquerdo de Márcio, empatando e
gerando protesto de Zetti, que invadiu o campo para reclamar.
Nos pênaltis, o Palmeiras abriu
vantagem de 3 a 2, mas Lúcio perdeu a chance de definir.
O Paulista, então, virou o placar
e venceu por 4 a 3, gols de Danilo,
Amaral, Galego e Asprilla -Canindé bateu no travessão, e Marcos defendeu o tiro de Lucas. Os
gols do Palmeiras foram de Pedrinho, Muñoz e Vágner -Nem
chutou para fora, e Élson e Lúcio
pararam em Márcio.
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