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FUTEBOL
Além do criticado volante, goleiro Sérgio vai bem
no triunfo do time, que pode avançar amanhã na Libertadores
Sem saber se fica, Correa ajuda a pôr Palmeiras no topo
DA REPORTAGEM LOCAL
Sem Edmundo, coube a um dos
jogadores mais contestados do
Palmeiras levar o time à vitória
sobre o Nacional de Medellín por
2 a 1 fora de casa, placar que deixou o time de Leão na liderança
do Grupo 7 da Libertadores, já
com chance de garantir matematicamente a classificação amanhã,
se o Rosario Central superar o
Cerro Porteño na Argentina.
O volante Correa, que, antes de
viajar, chegou a falar quase como
ex-atleta do clube, foi o destaque
do jogo, ao lado do goleiro Sérgio.
Autor do primeiro gol e do passe que fez Leonardo Silva anotar o
segundo, o jogador, que afirmara
"se o problema do Palmeiras for
eu, espero que os jogadores que
chegarem o resolva", foi o dono
do meio-de-campo.
No primeiro tempo, segundo o
Datafolha, Correa foi o atleta mais
acionado, com 13 bolas recebidas.
De longa distância, ele abriu o
placar aos 13min, em cobrança de
falta (sofrida por Washington) na
qual goleiro Castillo falhou.
Apesar da desvantagem no placar, os colombianos mantiveram
a postura com a qual entraram
em campo, explorando principalmente o lado esquerdo do ataque.
Mas, aos 25min, o Palmeiras repetiu, pela esquerda, a jogada que
lhe deu a vantagem. Washington,
outro cotado para deixar o Palmeiras -bem como Marcinho
Guerreiro-, sofreu falta. Na batida, Correa pôs a bola na cabeça de
Leonardo Silva, que ampliou.
O zagueiro ainda teve outra
oportunidade de cabeça após cruzamento pelo alto, em finalização
que passou perto da trave -a
única das cinco conclusões palmeirenses na etapa inicial que não
foi no alvo do time colombiano.
As outras duas finalizações que
não resultaram em gols foram de
Washington e pararam na trave: a
primeira, novamente aproveitando cruzamento de Correa; a segunda, já nos acréscimos, em
chute de longa distância.
A boa atuação do volante, contudo, não foi suficiente para convencer a direção, tanto que, após a
partida, o diretor de futebol Salvador Hugo Palaia não assegurou a
permanência do atleta no clube.
Logo no início do segundo tempo, o técnico Carlos Navarrete pôs
o meia Chará na vaga de Marrugo, o que deu maior dinamismo
ao ataque do clube de Medellín.
Mas, se não teve o goleiro Marcos, o Palmeiras, que passou a ser
muito pressionado, garantiu-se
com Sérgio, responsável por
mandar a escanteio um chute à
queima-roupa e por buscar no
ângulo a finalização de Bedoya
-jogador da seleção colombiana- logo após a cobrança.
Com a chuva, que começou durante a etapa final, os colombianos passaram a insistir mais em
tiros de longe, dos quais Sérgio
deu conta com segurança. Nos
minutos finais, a pressão aumentou. E novamente Sérgio -que
havia defendido um pênalti no
primeiro confronto entre os times, garantindo a vitória por 3 a
2- foi fundamental. Ele só não
conseguiu evitar o gol de honra,
marcado por Díaz, tropeçando na
bola, aos 50min da etapa final.
Após o apito do juiz, o Palmeiras se deparou com uma situação
que vem se repetindo em seus jogos: quase todo vestido de verde,
o estádio vaiou muito o time da
casa. Só que, desta vez, não era no
Parque Antarctica, e o alvo dos
apupos não era o time paulista.
Com nove pontos na chave, o time de Leão encerra sua participação na fase inicial da Libertadores
contra o Cerro Porteño, na quinta
da próxima semana. Antes, o clube cumpre tabela no domingo
contra o Santo André, no ABC, na
rodada final do Paulista.
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