São Paulo, quarta-feira, 05 de abril de 2006

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FUTEBOL

Além do criticado volante, goleiro Sérgio vai bem no triunfo do time, que pode avançar amanhã na Libertadores

Sem saber se fica, Correa ajuda a pôr Palmeiras no topo

DA REPORTAGEM LOCAL

Sem Edmundo, coube a um dos jogadores mais contestados do Palmeiras levar o time à vitória sobre o Nacional de Medellín por 2 a 1 fora de casa, placar que deixou o time de Leão na liderança do Grupo 7 da Libertadores, já com chance de garantir matematicamente a classificação amanhã, se o Rosario Central superar o Cerro Porteño na Argentina.
O volante Correa, que, antes de viajar, chegou a falar quase como ex-atleta do clube, foi o destaque do jogo, ao lado do goleiro Sérgio.
Autor do primeiro gol e do passe que fez Leonardo Silva anotar o segundo, o jogador, que afirmara "se o problema do Palmeiras for eu, espero que os jogadores que chegarem o resolva", foi o dono do meio-de-campo.
No primeiro tempo, segundo o Datafolha, Correa foi o atleta mais acionado, com 13 bolas recebidas.
De longa distância, ele abriu o placar aos 13min, em cobrança de falta (sofrida por Washington) na qual goleiro Castillo falhou.
Apesar da desvantagem no placar, os colombianos mantiveram a postura com a qual entraram em campo, explorando principalmente o lado esquerdo do ataque.
Mas, aos 25min, o Palmeiras repetiu, pela esquerda, a jogada que lhe deu a vantagem. Washington, outro cotado para deixar o Palmeiras -bem como Marcinho Guerreiro-, sofreu falta. Na batida, Correa pôs a bola na cabeça de Leonardo Silva, que ampliou.
O zagueiro ainda teve outra oportunidade de cabeça após cruzamento pelo alto, em finalização que passou perto da trave -a única das cinco conclusões palmeirenses na etapa inicial que não foi no alvo do time colombiano.
As outras duas finalizações que não resultaram em gols foram de Washington e pararam na trave: a primeira, novamente aproveitando cruzamento de Correa; a segunda, já nos acréscimos, em chute de longa distância.
A boa atuação do volante, contudo, não foi suficiente para convencer a direção, tanto que, após a partida, o diretor de futebol Salvador Hugo Palaia não assegurou a permanência do atleta no clube.
Logo no início do segundo tempo, o técnico Carlos Navarrete pôs o meia Chará na vaga de Marrugo, o que deu maior dinamismo ao ataque do clube de Medellín.
Mas, se não teve o goleiro Marcos, o Palmeiras, que passou a ser muito pressionado, garantiu-se com Sérgio, responsável por mandar a escanteio um chute à queima-roupa e por buscar no ângulo a finalização de Bedoya -jogador da seleção colombiana- logo após a cobrança.
Com a chuva, que começou durante a etapa final, os colombianos passaram a insistir mais em tiros de longe, dos quais Sérgio deu conta com segurança. Nos minutos finais, a pressão aumentou. E novamente Sérgio -que havia defendido um pênalti no primeiro confronto entre os times, garantindo a vitória por 3 a 2- foi fundamental. Ele só não conseguiu evitar o gol de honra, marcado por Díaz, tropeçando na bola, aos 50min da etapa final.
Após o apito do juiz, o Palmeiras se deparou com uma situação que vem se repetindo em seus jogos: quase todo vestido de verde, o estádio vaiou muito o time da casa. Só que, desta vez, não era no Parque Antarctica, e o alvo dos apupos não era o time paulista.
Com nove pontos na chave, o time de Leão encerra sua participação na fase inicial da Libertadores contra o Cerro Porteño, na quinta da próxima semana. Antes, o clube cumpre tabela no domingo contra o Santo André, no ABC, na rodada final do Paulista.


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