|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
blindagem
Grandes terão apito inédito amanhã
Para evitar discurso de perseguição, FPF escala na rodada decisiva árbitros que não atuaram em jogos dos poderosos
Chefe da arbitragem paulista confirma que o sorteio foi dirigido e separa lista de "sete ou oito nomes" para as semifinais e finais
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Se algum dos quatro grandes
clubes de São Paulo se sentir
prejudicado pela arbitragem na
rodada decisiva do Paulista,
amanhã, ao menos não poderá
reclamar de perseguição.
Justamente para evitar a
choradeira de dirigentes, técnicos e jogadores, a federação resolveu escalar para os confrontos de Corinthians, Palmeiras,
Santos e São Paulo árbitros estreantes em partidas destas
equipes no torneio.
Por exemplo, o jogo entre Barueri e Palmeiras será conduzido por Guilherme Cereta. Em
18 rodadas, ele não apitou nenhum jogo palmeirense.
O mesmo acontecerá com os
outros integrantes do quarteto
dos grandes do Estado.
Santos x Ponte Preta (Eduardo César Coelho), São Paulo x
Juventus (Rodrigo Guarizo) e
Noroeste x Corinthians (Cleber
Abade) também marcam as
"estréias" dos juízes.
"Isso foi pensado. Sou eu
quem controla [o sorteio] pessoalmente", disse o chefe da
Comissão de Arbitragem da
FPF, Marcos Marinho. "É uma
prevenção para que não haja
argumentos desse tipo [perseguição] e desculpas".
O Paulista-08, aliás, tem sido
palco de seguidas polêmicas em
relação às arbitragens. Algumas delas, inclusive, com veredictos desfavoráveis aos homens do apito.
O primeiro a se dar mal foi
Sálvio Spinola, que anulou um
gol de Adriano nos instantes finais do clássico contra o Corinthians, na quarta rodada. Também deixou de dar pênalti de
Chicão em Dagoberto.
Inconformada, a diretoria
são-paulina pediu, formalmente, veto a Sálvio em seus jogos.
Apesar de oficialmente não
aceitar vetos de clubes a árbitros, a federação não escalou
mais o juiz em confrontos da
equipe do Morumbi.
Outros nem precisaram das
reclamações formais dos clubes. José Henrique de Carvalho, que deu dois cartões amarelos para o mesmo atleta do
Guaratinguetá na partida ante
o Corinthians pela 13ª rodada,
tomou gancho de 15 dias.
O mesmo aconteceu com Rodrigo Guarizo, escalado para a
partida de amanhã do São Paulo, que deixou de dar o segundo
cartão amarelo na penalidade
cometida pelo santista Marcinho Guerreiro no confronto
diante do Guarani, pela décima
rodada do campeonato.
Segundo Marinho, a prática
de não repetir árbitros para as
equipes já é utilizado por ele há
três anos. Nem sempre, porém,
ela é possível de ser executada.
Será o caso dos mata-matas
do Paulistão. Independentemente dos atritos entre certos
clubes e juízes, a escala será feita baseada no histórico do profissional durante a competição.
"Tenho um leque maior de
opções para as finais. Vou analisar os que foram bem durante
as 19 rodadas, aqueles que foram testados em clássicos e
corresponderam. Tenho sete
ou oito nomes", diz Marinho.
Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: "O Santos não é banco", afirma presidente Índice
|