São Paulo, domingo, 05 de maio de 2002

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FUTEBOL

São Paulo e Corinthians ignoram atletas veteranos ao montar equipes

Rivais excluem "trintões" da final do Torneio Rio-SP

Fernando Santos/Folha Imagem
O volante Fabrício, do Corinthians, que é um dos jogadores com menos de 24 anos que jogarão o clássico de hoje, no Morumbi


PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

São Paulo e Corinthians iniciam hoje, no Morumbi, às 16h, a final do Torneio Rio-São Paulo seguindo à risca o espírito hippie que mandava "não confiar em ninguém com mais de 30 anos".
Sem dinheiro para a contratação de "medalhões" e com uma boa safra das categorias de base, os finalistas do interestadual não têm nenhum titular que já ultrapassou a barreira que simboliza a entrada de um jogador de futebol na categoria de veterano.
Na verdade, os atletas que vão entrar em campo hoje estão muito mais perto dos tempos de amador do que do final da carreira.
Se o são-paulino Kaká, que completou 20 anos no mês passado, tiver condições de jogo, serão nada menos do que 12 atletas em campo com menos de 24 anos.
A média de idade dos titulares corintianos é de apenas 23,5 anos. A do São Paulo, com Kaká em campo, será de 24 anos.
A situação atual é bem diferente da registrada na última vez que os dois clubes decidiram um título.
Na final do Campeonato Paulista-98, tanto os titulares são-paulinos quanto os corintianos tinham média de idade superior a 25 anos. As duas equipes eram comandadas por veteranos -o time do Morumbi por Raí, que tinha então 32 anos, e o clube do Parque São Jorge pelo colombiano Rincón, então com 31.
Para se rejuvenescerem, São Paulo e Corinthians fizeram pequenas revoluções em seus elencos. O primeiro se desfez de veteranos como o zagueiro Rogério Pinheiro, 30, o meia Leonardo, 32, e o meia Carlos Miguel, 29.
Nos lugares desses, além do uso de revelações próprias, o clube contratou jogadores mais jovens, como o meia Lúcio Flávio, 23, que hoje começa a partida.
Já no caso do Corinthians, a aposta nos jovens foi forçada pela falta de recursos para contratações para repor perdas como a do meia-atacante Marcelinho, hoje com 31 anos.
Com as "torneiras" do HMTF fechadas, o técnico Carlos Alberto Parreira precisou montar o time basicamente com atletas que já estavam no elenco.
O título do interestadual será decidido em duas partidas -a segunda acontece no próximo domingo. Em caso de igualdade no número de pontos e no saldo de gols, fica com o título a equipe que receber menos cartões.



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