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Fãs reclamam de ação policial
DA REPORTAGEM LOCAL
"Os caras são uns cavalos", berrava o corintiano Éder Passos Pereira, 23, enquanto era socorrido
no ambulatório. O torcedor exibia o rosto inchado e reclamou
que policiais militares o espancaram com cassetetes.
Pereira foi uma das 65 pessoas,
entre torcedores e PMs atendidos
na enfermaria do Pacaembu.
Eles que haviam brigado perto
do portão quando o River Plate
havia feito 3 a 1, agora aguardavam médicos para cuidarem dos
seus machucados.
Um policial militar não identificado comentou que a ação contra
a torcida foi necessária para coibir
a iminente invasão do gramado.
"Contivemos uma tragédia",
afirmou o policial que estava com
a cabeça enfaixada.
Outros corintianos se desesperavam a procura de informações
sobre parentes e amigos.
"Teve gente que saiu com o olho
furado e ensangüentado aqui",
dizia um torcedor desesperado.
A calmaria só ficou por conta da
torcida do River Plate, que ficou
no estádio muito tempo depois da
confusão cantando e comemorando a classificação.
Situação diferente da ocorrida
no ano passado, quando enfrentaram policiais militares no estádio do Morumbi, na partida contra o São Paulo, pela Taça Libertadores da América.
"Só temos que vibrar agora. Parecia algo impossível, mas graças
a Deus conseguimos vencer. Só
lamentamos o confronto entre os
policiais e os corintianos. Sabemos bem o que é isso", afirmou
Juan Benítez, torcedor do River
Plate, que viajou de ônibus de
Buenos Aires a São Paulo.
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