São Paulo, sexta-feira, 05 de maio de 2006

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Fãs reclamam de ação policial

DA REPORTAGEM LOCAL

"Os caras são uns cavalos", berrava o corintiano Éder Passos Pereira, 23, enquanto era socorrido no ambulatório. O torcedor exibia o rosto inchado e reclamou que policiais militares o espancaram com cassetetes.
Pereira foi uma das 65 pessoas, entre torcedores e PMs atendidos na enfermaria do Pacaembu.
Eles que haviam brigado perto do portão quando o River Plate havia feito 3 a 1, agora aguardavam médicos para cuidarem dos seus machucados.
Um policial militar não identificado comentou que a ação contra a torcida foi necessária para coibir a iminente invasão do gramado.
"Contivemos uma tragédia", afirmou o policial que estava com a cabeça enfaixada.
Outros corintianos se desesperavam a procura de informações sobre parentes e amigos.
"Teve gente que saiu com o olho furado e ensangüentado aqui", dizia um torcedor desesperado.
A calmaria só ficou por conta da torcida do River Plate, que ficou no estádio muito tempo depois da confusão cantando e comemorando a classificação.
Situação diferente da ocorrida no ano passado, quando enfrentaram policiais militares no estádio do Morumbi, na partida contra o São Paulo, pela Taça Libertadores da América.
"Só temos que vibrar agora. Parecia algo impossível, mas graças a Deus conseguimos vencer. Só lamentamos o confronto entre os policiais e os corintianos. Sabemos bem o que é isso", afirmou Juan Benítez, torcedor do River Plate, que viajou de ônibus de Buenos Aires a São Paulo.


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