DA REPORTAGEM LOCAL

À sua grande coleção de títulos e façanhas, Vanderlei Luxemburgo somou mais um: tornou-se o recordista de Paulistas, ao lado de Lula, que comandou o Santos de 54 a 66 e ergueu oito títulos com a mítica equipe capitaneada por Pelé. O técnico palmeirense não escondeu a felicidade e ressaltou as diferenças de sua conquista em relação à do técnico santista.
"Este é o Estado que me adotou desde 1989 e tem um dos campeonatos mais difíceis -já foi mais difícil, mas hoje ainda mostra a sua força. Lula comandou uma grande equipe, mas eu consegui isso de outra maneira, com quatro equipes diferentes, e isso tem seu valor."
Dos oito Paulistas, o primeiro, em 1990, foi com o Bragantino, título que o fez despontar para o cenário nacional. "E lá eu não tinha jogadores, eu tive que formar jogadores. Para mim, todos os títulos contam, mas aquele foi um dos mais importantes, porque nós conseguimos ganhar de todos os grandes."
Depois, seguiram-se Palmeiras (quatro, com o de ontem), Corinthians (um) e Santos (dois). No Parque Antarctica, Luxemburgo será lembrado como o técnico que acabou com jejuns. Em 1993, encerrou 16 anos sem títulos. Desta vez, desde 96 os alviverdes não conquistavam um Paulista.
Tanto é que, para ele, muitos jogadores não conseguiram desviar o foco do Paulista na partida da última quarta, no Recife, pela Copa do Brasil, contra o Sport. Os 4 a 1 sofridos, segundo Luxemburgo, deveram-se à fixação a que os atletas se renderam após vencer a primeira final do Paulista contra a Ponte.
"O importante é você ficar na história do clube, e acho que já estou", disse o treinador. "Apesar de que há pessoas que ficam dizendo por aí que eu perdi a Copa do Brasil. Mas essas são duas, três, e essas a gente passa. Eu tenho oito Paulistas, uma Copa do Brasil e cinco Brasileiros. Para quem tem 56 anos, está muito bom." (MDA, RC E TA)


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