São Paulo, segunda-feira, 05 de junho de 2006

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DATAFOLHA NA COPA

A mutação de Parreira

FABIO TURA
DO DATAFOLHA

O técnico Carlos Alberto Parreira sagrou-se campeão mundial em 1994 com uma equipe que privilegiava a manutenção da posse de bola até surgir uma chance clara de gol. Na ocasião, a seleção trocou 42% mais passes em relação à média da competição.
Sob o comando de Parreira, a seleção que conseguiu o tetra registrou uma média de 35min30s de posse de bola e fazia 567 trocas de passes, aproveitamento de 86,1%.
Agora, o cenário é outro. Em sua terceira passagem pela seleção brasileira, o técnico comanda uma equipe que executa em média "apenas" 426 trocas de passes.
Isso equivale a uma queda de 141 passes, mas com aproveitamento melhor: 88,2%.
A leitura prática dos números sugere que Parreira adaptou o time a um novo tempo, em que a velocidade do jogo aumentou, tornando virtualmente impossível tanta cadência, tanta troca de passe.
Um claro sinal de que o futebol mudou em 12 anos: na atual era Parreira em nenhuma partida a equipe alcançou a média de passes de 1994.
Em relação à média de posse de bola, a seleção brasileira tem hoje uma média de 30min21s, ou seja, 5min19s a menos para decidir a partida.
Até o início do Mundial, o Datafolha mostrará os levantamentos das últimas Copas, que pintam um quadro de mutação constante no esporte mais popular do planeta.


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