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DATAFOLHA NA COPA
A mutação de Parreira
FABIO TURA
DO DATAFOLHA
O técnico Carlos Alberto
Parreira sagrou-se campeão
mundial em 1994 com uma
equipe que privilegiava a manutenção da posse de bola até
surgir uma chance clara de
gol. Na ocasião, a seleção trocou 42% mais passes em relação à média da competição.
Sob o comando de Parreira,
a seleção que conseguiu o tetra registrou uma média de
35min30s de posse de bola e
fazia 567 trocas de passes,
aproveitamento de 86,1%.
Agora, o cenário é outro.
Em sua terceira passagem
pela seleção brasileira, o técnico comanda uma equipe
que executa em média "apenas" 426 trocas de passes.
Isso equivale a uma queda
de 141 passes, mas com aproveitamento melhor: 88,2%.
A leitura prática dos números sugere que Parreira adaptou o time a um novo tempo,
em que a velocidade do jogo
aumentou, tornando virtualmente impossível tanta cadência, tanta troca de passe.
Um claro sinal de que o futebol mudou em 12 anos: na
atual era Parreira em nenhuma partida a equipe alcançou
a média de passes de 1994.
Em relação à média de posse de bola, a seleção brasileira
tem hoje uma média de
30min21s, ou seja, 5min19s a
menos para decidir a partida.
Até o início do Mundial, o
Datafolha mostrará os levantamentos das últimas Copas,
que pintam um quadro de
mutação constante no esporte mais popular do planeta.
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