DENISE MENCHEN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO

SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO

Sucesso de vendas, a Vila do Pan ficou fechada por quase um ano depois de abrigar os atletas que participaram da competição. Apenas em abril deste ano começaram a chegar as primeiras famílias que adquiriram apartamentos nos 17 prédios do condomínio. Até ontem, menos de 200 das 1.392 unidades estavam habitadas.
Ontem, a Vila do Pan parecia uma cidade-fantasma. Apesar de limpa e bem conservada, a estrutura do local estava vazia. Apenas alguns poucos funcionários, contratados pelos proprietários para fazer ajustes nos apartamentos, circulavam pelas áreas de lazer do condomínio, que inclui diversas piscinas e gramados.
"Tá muito vazio ainda. Quando desço para usar a lavanderia ou a piscina, nunca encontro ninguém", disse a bancária Michelle Bandeira, 25.
Ela se diz satisfeita com a nova casa, mas reclama da falta de infra-estrutura no entorno. "Ainda não construíram a passarela [sobre a avenida Ayrton Senna]", disse.
A assessoria da Agenco, incorporadora da Vila, explicou que a empresa está "finalizando a implementação de equipamentos e acessórios das partes comuns, que só poderia ser realizada a partir da existência dos condomínios".
Ainda houve queixa de outros moradores pela demora na entrega do apartamento, que, pelo contrato, estava prevista para 20 de dezembro de 2007.
Isso ocorreu por causa da lentidão da Prefeitura do Rio de liberar o habite-se, que permite a ocupação dos prédios.
Outros moradores relatam que proprietários entraram com ações na Justiça contra a incorporadora. Alguns querem devolver os apartamentos, que, no lançamento, em 2005, tiveram grande receptividade. Em oito horas, cerca de 1.300 dos 1.480 apartamentos da Vila do Pan foram vendidos.
A Vila foi erguida com financiamento da Caixa Econômica Federal, que liberou R$ 232 milhões. Atualmente, há 88 unidades à venda.


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