São Paulo, sexta-feira, 05 de junho de 2009 |
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AÇÃO De pé e crescendo
CARLOS SARLI COLUNISTA DA FOLHA ONDE QUER que haja ondas de qualidade haverá surfistas. O crescimento de praticantes e o acesso cada vez mais facilitado levam o "crowd" até as mais remotas ondas do planeta. E olha que investir tempo e dinheiro para desfrutar do surfe em ondas desertas é privilégio de poucos. A esmagadora maioria tem de se contentar com as ondas mais perto de casa e dividi-las com dezenas, centenas. Compartilhar o que a natureza oferece com certa escassez não é fácil. O surfe é um esporte individual, e o prazer de deslizar nas paredes em movimento nos torna mais egoístas. E, como já ocorreu com o bodyboard e o longboard, uma nova modalidade vem se estabelecendo nas arrebentações e ocupando o já disputado espaço: o stand up paddle (SUP). O esporte surgiu há muito tempo, no Havaí, com surfista de longboard usando remo de canoa havaiana. Nas marolas de Waikiki ou em pequenas travessias, a brincadeira ficou restrita a poucos durante anos. No início desta década, quando nomes consagrados como Laird Hamilton e Dave Kalama adotaram a modalidade, até descendo ondas grandes, a coisa se tornou conhecida mundialmente. A partir daí, a evolução dos equipamentos e do número de praticantes foi rápida. Nesta semana, o anúncio da realização do primeiro Mundial de stand up paddle, feito pela International Surfing Association, evidencia que a modalidade veio para ficar. A ISA se apressou em lançar o evento mesmo sem data e local definidos e agora estimula os países filiados a se candidatar como sede. A popularização do SUP só não é maior porque o tamanho e o peso do equipamento não ajudam, embora venham sendo reduzidos, e o início, até aprender a remar com agilidade a ponto de descer ondas, não é fácil. Mas, como quem pratica está cada vez mais entusiasmado com a modalidade, só resta aos surfistas de pranchinha se adaptarem aos novos companheiros de arrebentação ou adotarem o SUP, também visto como um bom complemento para o surfe regular, especialmente nos dias de ondas pequenas. SALVADOR DO SURFE PRO Assim o brasileiro Manoziul, responsável pela informatização dos resultados e pela transmissão ao vivo por web dos campeonatos da ASP, é chamado em entrevista a C.J. Hobgood no site da ESPN. BRASILEIRO DE SURFE Prova em Salvador, na Bahia, é a segunda de 2009 e a de número 50 do SuperSurf. Neco Padaratz, re- cuperado de lesão, venceu as triagens ontem. MUNDIAL DE SURFE - WQS Prova em Arica, Chile, é de apenas três estrelas, mas atrai pela qualidade das ondas. Ontem havia tubos perfeitos de até três metros. sarli@trip.com.br Texto Anterior: Reclamação: Jogo adiado causa indignação Próximo Texto: Xico Sá: Túmulo do futebol Índice |
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