São Paulo, sábado, 05 de junho de 2010

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África teme Copa sem seus astros

Estrelas do continente são vítimas de lesões e péssima forma física

PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A JOHANNESBURGO
RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL À CIDADE DO CABO

A África esperou décadas para produzir estrelas internacionais do futebol e para ter uma Copa. Quando enfim conseguiu organizá-la e desfruta de vários craques de primeira linha, esses sofrem golpe atrás de golpe e desfalcam a festa armada em casa.
Drogba só aumentou ontem o temor de uma Copa africana esvaziada de astros do continente. As eliminatórias já tiraram do Mundial Aboutrika, El Hadary e Zaki (do Egito, tricampeão africano), Adebayor (do Togo) e Diarra, Kanouté, Keita e Sissoko (do Mali), entre outros.
O maior artilheiro da Costa do Marfim (44 gols) e goleador do último Inglês (29 gols) ainda não foi oficialmente cortado da Copa, mas outro africano que figura entre os melhores do mundo e que é astro do Chelsea já está fora por lesão: Essien, volante de Gana contundido no joelho.
Mensah, outro líder de Gana, tem problema nas costas e não pode treinar regularmente -ele, Appiah, Kingson e Pantsil, que não atuaram na Copa Africana de Nações por lesão, vão à Copa.
Na seleção da África do Sul, uma das poucas estrelas do time foi cortada por seu péssimo estado físico. O atacante Benni McCarthy, de longa carreira na Europa e com problemas para manter o peso, acabou barrado por Carlos Alberto Parreira.
Gould, que seria uma boa opção para a defesa sul-africana, não ficou entre os 23 -lesão no tornozelo já o havia tirado da preparação.
Na Argélia, o jogador mais badalado do momento, Belhadj, está fora da estreia contra a Eslovênia por suspensão. O ala esquerdo do Portsmouth, que interessa ao Barcelona, foi expulso contra o Egito no torneio continental. Yebda, outro destaque do time inglês, ficou cinco semanas parado por contusão e voltou só no fim do ano.
A federação argelina até mandou para tratamento no Qatar Belhadj, Bougherra, Bouazza e Meghni. Os dois últimos estão fora da Copa.
Na Nigéria, o defensor Yobo e o atacante Yakubu, ambos do Everton, não chegam ao evento 100% fisicamente.
Tudo isso ajuda a esfriar a torcida africana, que, somando os países do continente exceto a África do Sul, pouco comprou ingressos.


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