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África teme Copa sem seus astros
Estrelas do continente são vítimas de lesões e péssima forma física
PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A JOHANNESBURGO
RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL À CIDADE DO CABO
A África esperou décadas
para produzir estrelas internacionais do futebol e para
ter uma Copa. Quando enfim
conseguiu organizá-la e desfruta de vários craques de
primeira linha, esses sofrem
golpe atrás de golpe e desfalcam a festa armada em casa.
Drogba só aumentou ontem o temor de uma Copa
africana esvaziada de astros
do continente. As eliminatórias já tiraram do Mundial
Aboutrika, El Hadary e Zaki
(do Egito, tricampeão africano), Adebayor (do Togo) e
Diarra, Kanouté, Keita e Sissoko (do Mali), entre outros.
O maior artilheiro da Costa
do Marfim (44 gols) e goleador do último Inglês (29 gols)
ainda não foi oficialmente
cortado da Copa, mas outro
africano que figura entre os
melhores do mundo e que é
astro do Chelsea já está fora
por lesão: Essien, volante de
Gana contundido no joelho.
Mensah, outro líder de Gana, tem problema nas costas
e não pode treinar regularmente -ele, Appiah, Kingson e Pantsil, que não atuaram na Copa Africana de Nações por lesão, vão à Copa.
Na seleção da África do
Sul, uma das poucas estrelas
do time foi cortada por seu
péssimo estado físico. O atacante Benni McCarthy, de
longa carreira na Europa e
com problemas para manter
o peso, acabou barrado por
Carlos Alberto Parreira.
Gould, que seria uma boa
opção para a defesa sul-africana, não ficou entre os 23
-lesão no tornozelo já o havia tirado da preparação.
Na Argélia, o jogador mais
badalado do momento,
Belhadj, está fora da estreia
contra a Eslovênia por suspensão. O ala esquerdo do
Portsmouth, que interessa ao
Barcelona, foi expulso contra
o Egito no torneio continental. Yebda, outro destaque do
time inglês, ficou cinco semanas parado por contusão
e voltou só no fim do ano.
A federação argelina até
mandou para tratamento no
Qatar Belhadj, Bougherra,
Bouazza e Meghni. Os dois
últimos estão fora da Copa.
Na Nigéria, o defensor Yobo e o atacante Yakubu, ambos do Everton, não chegam
ao evento 100% fisicamente.
Tudo isso ajuda a esfriar a
torcida africana, que, somando os países do continente exceto a África do Sul,
pouco comprou ingressos.
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